Relatório lançado nesta quinta-feira (8) pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que faz um monitoramento independente do desmatamento, aponta que 88 km² de desmatamento na Amazônia Legal foram desmatados em fevereiro – o equivalente a 55 vezes a área do Parque Ibirapuera.

O número é 41% maior que o de fevereiro de 2009, quando o desmatamento somou 62 km². A comparação, no entanto, não é exata já que a cobertura de nuvens impede o monitoramento de toda a superfície da região – em fevereiro de 2010, por exemplo, só foi possível monitorar 60%.

Além de monitorar o desmatamento, o Imazon faz também uma estimativa das emissões de gases causadores do efeito estufa liberados pela devastação.

Em fevereiro de 2010, os 88 quilômetros quadrados de desmatamento comprometeram 1,6 milhão de toneladas (com margem de erro de 382 mil toneladas) de carbono, o equivalente a 5,8 milhões de toneladas de CO2.

Isso representa um aumento 40% em relação ao mês de fevereiro do ano passado, quando o carbono florestal afetado foi de 1,2 milhão de toneladas (com margem de erro de 205 mil toneladas).

O carbono florestal comprometido pelo desmatamento no período de agosto de 2009 a fevereiro de 2010 (sete primeiros meses do atual calendário de desmatamento) foi de 16,3 milhões de toneladas (com margem de erro de 643 mil toneladas), o que representou cerca de 60 milhões de toneladas de C02 equivalente.

Em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2008 a fevereiro de 2009) houve aumento de 35% na quantidade de carbono comprometido pelo desflorestamento.

De acordo com o Imazon, o aumento relativo do carbono florestal afetado pelo desmatamento, em relação ao ano passado, foi maior que o respectivo aumento relativo do desmatamento acumulado (23%), o que indica que o desmatamento esse ano está acontecendo em áreas com maiores estoques de carbono.


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