Gestores de Áreas Protegidas, representantes de comunidades locais e instituições parceiras com atuação no território do Escudo das Guianas irão se reunir nos dias 3, 4 e 5 de setembro para dar início a um processo de gestão territorial integrada.

O I Seminário Áreas Protegidas do Escudo das Guianas – Pará e Amapá, realizado pela Conservação Internacional (CI), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), tem o objetivo de divulgar e trocar experiências, além da colaboração e a integração das atividades das diversas instituições atuantes nas áreas dentro desta região.

O Escudo das Guianas mantém grande parte da sua cobertura florestal nativa, abrigando a maior unidade de floresta úmida primária do planeta. Os Estados do Pará e Amapá possuem o maior corredor de Áreas Protegidas desta região, com aproximadamente 32 milhões de hectares continuamente protegidos. Das oito mil espécies vegetais até hoje levantadas, 40% estão presentes no Escudo.

Para Adalberto Veríssimo, pesquisador senior e co-fundador do Imazon, o evento pode ampliar as redes de colaboração entre as diversas ONGs, Governo e populações tradicionais para a proteção e o uso sustentável do Escudo. “Tem tudo para se tornar um espaço permanente de colaboração entre as instituições que trabalham para garantir uma gestão mais efetiva do imenso mosaico de Áreas Protegidas que compõe esse território”, acrescenta Veríssimo.

Na sua primeira edição, o SAPEG terá como foco e abrangência as Áreas Protegidas da Calha Norte do Pará e Amapá. Serão apresentadas experiências vividas na gestão dessas APs nos temas Comunicação e Governança, e a partir destes temas os participantes irão debater a construção de estratégias e desenvolvimento de ações de interação.

“Nossa apresentação buscará dar elementos que ampliem o conhecimento sobre os mais de 10 povos indígenas da região”, conta Luis Donisete Grupioni, Coordenador Executivo do Iepé. “Esperamos que, com o debate, as pessoas e instituições presentes possam conceber os povos indígenas como atores e parceiros legítimos nos processos de pensar e gerir o território”, completa.
Alexandre Brasil, Diretor do Programa Amazônia da CI-Brasil, diz que futuramente a ideia é envolver os Estados brasileiros do Amazonas e Roraima, como também promover a interação com os outros países do Escudo das Guianas. “Esperamos sensibilizar e comprometer os atores sobre a importância de uma agenda proativa para a gestão integrada”.

O evento acontece no Hotel Fazenda Paraíso, na Ilha de Mosqueiro, com apoio do ICMBio, Ecam, FUNAI, Secretarias de Estado de Meio Ambiente do Pará e Amapá, além do patrocínio da Fundação Moore, Fundo Vale e KFW.

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