Título | O Perfil da Extração de Palmito no Estuário Amazônico |
Autores | Harrison Pollak (a) Marli Mattos (b) Christopher Uhl (c) |
Vinculação dos autores | (a) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) – Belém (PA), Brasil (b) Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) (c) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) – Belém (PA), Brasil Universidade Estadual da Pensilvânia – EUA |
Ano de publicação | 1996 |
Editora | Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) – Belém (PA), Brasil |
Resumo, introdução ou apresentação
Grande parte do palmito processado consumido no mundo é derivado da palmeira açaí (Euterpe oleracea Mart.), a qual cresce abudantemente nas florestas do estuário amazônico. A extração do palmito começou no estuário em 1970. Atualmente, centenas de fábricas de processamento de palmito e aproximadamente 50 firmas de distribuição estão instaladas na região. Os lucros anuais das fábricas variam entre $30.000 a $50.000, enquanto os lucros das firmas de distribuição freqüentemente ultrapassam $500.000/ano. Entretanto, e provável que este sucesso econômico tenha vida curta: as fábricas estão fechando; hoje os palmitos são menores do que os palmitos do passado; e as palmeiras estão morrendo devido à freqüência do seu corte. Entretanto, a palmeira açaí é muito adequada para o manejo, uma vez que cresce de maneira abundante e rápida e apresenta touceira que produz constantemente novos brotos. Sob o manejo, o palmito pode ser colhido de uma mesma planta ao longo de muitos anos, através do desbaste controlado. O manejo do açaí, desta maneira, pode resultar em soluções significativas a longo prazo para as fabricas de palmito. O que é mais importante, o manejo do açaí pode oferecer uma das melhores oportunidades para o uso sustentável das florestas onde esta palmeira freqüentemente ocorre.