Em junho de 2015, o SAD detectou 494 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal com uma cobertura de nuvens de 15% do território. Isso representou uma redução de 41% em relação a junho de 2014 quando o desmatamento somou 843 quilômetros quadrados e a cobertura de nuvens foi de 30%.
Em junho 2015, o desmatamento detectado concentrou no Amazonas (﴾28%)﴿, Rondônia (﴾27%)﴿, Mato Grosso (﴾22%)﴿, Pará (﴾21%)﴿ e, em menor proporção, em Roraima (﴾1%)﴿ e no Acre (﴾1%)﴿.
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a junho de 2015, correspondendo aos onze primeiros meses do calendário de medição do desmatamento, atingiu 2.780 quilômetros quadrados. Houve aumento de 65% do desmatamento em relação ao período anterior (﴾agosto de 2013 a junho de 2014)﴿ quando atingiu 1.690 quilômetros quadrados.
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 9 quilômetros quadrados em junho de 2015. Em relação a junho de 2014 houve uma redução de 81%, quando a degradação florestal somou 48 quilômetros quadrados.
De acordo com o SAD, o desmatamento (﴾supressão total da floresta para outros usos alternativos do solo)﴿ atingiu 494 quilômetros quadrados em junho de 2015 (﴾Figura 1 e Figura 2)﴿.
Figura 1. Desmatamento de agosto de 2013 a junho de 2015 na Amazônia Legal (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
Figura 2. Desmatamento e Degradação Florestal na Amazônia Legal em junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/ SAD)﴿.
Em junho 2015, o desmatamento ocorreu no Amazonas (﴾28%)﴿, Rondônia (﴾27%)﴿, Mato Grosso (﴾22%)﴿, Pará (﴾21%)﴿ e, em menor proporção, em Roraima (﴾1%)﴿ e no Acre (﴾1%)﴿ (﴾Figura 3)﴿.
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a junho de 2015, correspondendo aos onze primeiros meses do calendário de medição do desmatamento, atingiu 2.780 quilômetros quadrados. Houve aumento de 65% do desmatamento em relação ao período anterior (﴾agosto de 2013 a junho de 2014)﴿ quando atingiu 1.690 quilômetros quadrados.
Figura 3. Percentual do desmatamento nos Estados da Amazônia Legal em junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
Considerando os onze primeiros meses do calendário atual de desmatamento (﴾agosto de 2014 a junho de 2015)﴿, o Mato Grosso lidera o ranking com 34% do total desmatado no período. Em seguida aparece Pará (﴾23%)﴿ e Rondônia (﴾21%)﴿. Em termos relativos, houve aumento expressivo de 149% no Mato Grosso e 120% em Rondônia.
Em termos absolutos, o Mato Grosso lidera o ranking do desmatamento acumulado com 943 quilômetros quadrados, seguido pelo Pará (﴾639 quilômetros quadrados)﴿ e Rondônia (﴾582 quilômetros quadrados)﴿ (﴾Tabela 1)﴿.
Tabela 1. Evolução do desmatamento entre os Estados da Amazônia Legal de agosto de 2013 a junho de 2014 e agosto de 2014 a junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
*Os dados do Maranhão não foram analisados.
Em junho de 2015, o SAD registrou 9 quilômetros quadrados de florestas degradadas (﴾florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas)﴿ (﴾Figuras 2 e 4)﴿. Desse total, a maioria (﴾65%)﴿ ocorreu no Mato Grosso, seguido por Rondônia (﴾35%)﴿.
Figura 4. Degradação Florestal de agosto de 2013 a junho de 2015 na Amazônia Legal (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
Tabela 2. Evolução da degradação florestal entre os Estados da Amazônia Legal de agosto de 2013 a junho de 2014 e agosto de 2014 a junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
*Os dados do Maranhão não foram analisados.
Em junho de 2015, a maioria (﴾59%)﴿ do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos de Reforma Agrária (﴾15%)﴿, Terras Indígenas (﴾1%)﴿ e Unidades de Conservação (﴾25%)﴿ (﴾Tabela 3)﴿.
Tabela 3. Desmatamento por categoria fundiária em junho de 2015 na Amazônia Legal (﴾Fonte: Imazon/ SAD)﴿.
O SAD registrou 74 quilômetros quadrados de desmatamento nos Assentamentos de Reforma Agrária em junho de 2015 (﴾Figura 5)﴿. Os Assentamentos mais afetados pelo desmatamento foram PA Rio Juma (﴾Apuí; Amazonas)﴿, PA Jacaré (﴾Jacareacanga; Pará)﴿ e PA Acari (﴾Novo Aripuanã; Amazonas)﴿.
Figura 5. Assentamentos de Reforma Agrária mais desmatados na Amazônia Legal em junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
No mês de junho de 2015, o SAD detectou 122 quilômetros quadrados de desmatamento em Unidades de Conservação (﴾Figura 6)﴿. No caso das Terras Indígenas, em junho de 2015 foram detectados 5 quilômetros quadrados de desmatamento na TI Zoró (﴾Mato Grosso)﴿ e TI Caititu (﴾Amazonas)﴿.
Figura 6. Unidades de Conservação mais desmatadas na Amazônia Legal em junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
Em junho de 2015, os municípios mais desmatados foram: Lábrea (﴾Amazonas)﴿ e Colniza (﴾Mato Grosso)﴿ (﴾Figura 7 e 8)﴿.
Figura 7. Municípios mais desmatados na Amazônia Legal em junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon /SAD)﴿.
Figura 8. Municípios com maiores áreas desmatadas na Amazônia Legal em junho de 2015 (﴾Fonte: Imazon/SAD)﴿.
Em junho de 2015, foi possível monitorar com o SAD 85% da área florestal na Amazônia Legal. Os outros 15% do território florestal estavam cobertos por nuvens, o que dificultou a detecção do desmatamento e da degradação florestal. Os Estados com maior cobertura de nuvem foram Amapá (﴾79%)﴿, Roraima (﴾54%)﴿ e Pará (﴾46%)﴿. Em virtude disso, os dados de desmatamento e degradação florestal em junho de 2015 podem estar subestimados (﴾Figura 9)﴿.
Figura 9. Área com nuvem e sombra em junho de 2015 na Amazônia Legal.
* A parte do Maranhão que integra a Amazônia Legal não foi analisada.
Desde agosto de 2012 a detecção de alertas de desmatamento e degradação florestal do vem sendo realizada na plataforma Google Earth Engine (EE), com a nova versão SAD EE. Esse sistema foi desenvolvido em colaboração com a Google e utiliza o mesmo processo já utilizado pelo SAD 3.0 (Quadro I), com imagens de reflectância do MODIS para gerar os alertas de desmatamento e degradação florestal.
Desde agosto de 2009, o SAD apresentou algumas novidades. Primeiro, criamos uma interface gráfica para integrar todos os programas de processamento de imagem usados no SAD. Segundo, começamos a computar o desmatamento em áreas que estavam cobertas por nuvens nos meses anteriores em uma nova classe. Por último, o desmatamento e a degradação são detectados com pares de imagens NDFI em um algoritmo de detecção de mudanças. O método principal continua o mesmo do SAD 2.0 como descrito abaixo.
O SAD gera mosaico temporal de imagens MODIS diárias dos produtos MOD09GQ e MOD09GA para filtragem de nuvens. Em seguida, utilizamos uma técnica de fusão de bandas de resolução espectrais diferentes, ou seja, com pixels de diferentes tamanhos. Nesse caso, fizemos a mudança de escala das 5 bandas com pixel de 500 metros do MODIS para 250 metros. Isso permitiu aprimorar o modelo espectral de mistura de pixel, fornecendo a capacidade de estimar a abundância de Vegetação, Solos e Vegetação Fotossinteticamente Não-Ativa (NPV do inglês – Non-Photosynthetic componentes (Vegetação, Solo e Sombra) para calcular o NDFI, com a equação abaixo:
NDFI = (VGs – (NPV + Solo)
(VGs +NPV+Solo)
Onde VGs é o componente de Vegetação normalizado para sombra dado por:
VGs = Vegetação/(1- Sombra)
O NDFI varia de -1 (pixel com 100% de solo exposto) a 1 (pixel com > 90% com vegetação florestal). Dessa forma, passamos a ter uma imagem contínua que mostra a transição de áreas desmatadas, passando por florestas degradadas, até chegar a florestas sem sinas de distúrbios.
A detecção do desmatamento e da degradação passou esse mês com a diferença de imagens NDFI de meses consecutivos. Dessa forma, uma redução dos valores de NDFI entre -200 e -50 indica áreas possivelmente desmatadas e entre -49 e -20 com sinais de degradação.
O SAD 3.0 Beta é compatível com as versões anteriores (SAD 1.0 e 2.0), porque o limiar de detecção de desmatamento foi calibrado para gerar o mesmo tipo de resposta obtida pelo método anterior.
O SAD já está operacional no Estado de Mato Grosso desde agosto de 2006 e na Amazônia Legal desde abril de 2008. Nesse boletim, apresentamos os dados mensais gerados pelo SAD de agosto de 2014 a junho de 2015.
This post was published on 30 de julho de 2015
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