Em março de 2015, mais da metade (53%) da área florestal da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, uma cobertura inferior a de março de 2014 (58%). Os Estados com maior cobertura de nuvem foram Roraima (86%), Pará (67%) e Amapá (65%). No período analisado, e sob essas condições de nuvem, foram detectados pelo SAD 58 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representa um aumento de 195% em relação a março de 2014 quando o desmatamento somou 20 quilômetros quadrados.
Em março de 2015, o desmatamento se concentrou em grande parte no Mato Grosso (76%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Rondônia (8%), Tocantins (2%) e Pará (1%).
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a março de 2015, correspondendo aos oito primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, atingiu 1.761 quilômetros quadrados. Houve aumento de 214% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a março de 2014) quando atingiu 560 quilômetros quadrados.
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 15 quilômetros quadrados em março de 2015. Em relação a março de 2014 houve um aumento de 200%, quando a degradação florestal somou 5 quilômetros quadrados.
De acordo com o SAD, o desmatamento (supressão total da floresta para outros usos alternativos do solo) atingiu 58 quilômetros quadrados em março de 2015 (Figura 1 e Figura 2).
Figura 1. Desmatamento de agosto de 2013 a março de 2015 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/SAD).
Figura 2. Desmatamento e Degradação Florestal na Amazônia Legal em março de 2015 (Fonte: Imazon/ SAD).
Em março de 2015, o desmatamento se concentrou em grande parte no Mato Grosso (76%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Rondônia (8%), Tocantins (2%) e Pará (1%). (Figura 3).
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a março de 2015, correspondendo aos oito primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, atingiu 1.761 quilômetros quadrados. Houve aumento de 214% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a março de 2014) quando atingiu 560 quilômetros quadrados.
Figura 3. Percentual do desmatamento nos Estados da Amazônia Legal em março de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).
Considerando os oito primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2014 a março de 2015), o Mato Grosso lidera o ranking com 36% do total desmatado no período. Em seguida aparece Pará (25%) e Rondônia (20%). Em termos relativos, houve aumento expressivo de 640% no Mato Grosso e 227% no Pará.
Em termos absolutos, o Mato Grosso lidera o ranking do desmatamento acumulado com 639 quilômetros quadrados, seguido pelo Pará (434 quilômetros quadrados) e Rondônia, com 347 quilômetros quadrados (Tabela 1).
Tabela 1. Evolução do desmatamento entre os Estados da Amazônia Legal de agosto de 2013 a março de 2014 e agosto de 2014 a março de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).
*Os dados do Maranhão não foram analisados.
Em março de 2015, o SAD registrou 15 quilômetros quadrados de florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas) (Figuras 2 e 4). Desse total, a grande maioria (97%) ocorreu no Mato Grosso, seguido pelo Amazonas (3%).
Figura 4. Degradação Florestal de agosto de 2013 a março de 2015 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/SAD).
Tabela 2. Evolução da degradação florestal entre os Estados da Amazônia Legal de agosto de 2013 a março de 2014 e agosto de 2014 a março de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).
*Os dados do Maranhão não foram analisados.
Em março de 2015, a maioria (86%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos de Reforma Agrária (9%) e Unidades de Conservação (5%) (Tabela 3).
Tabela 3. Desmatamento por categoria fundiária em março de 2015 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/ SAD).
O SAD registrou 5 quilômetros quadrados de desmatamento nos Assentamentos de Reforma Agrária em março de 2015 (Figura 5). Os Assentamentos mais afetados pelo desmatamento foram PA Rio Juma (Apuí; Amazonas), PA Acari (Novo Aripuanã; Amazonas) e PA Pingos D’Água (Querência; Mato Grosso).
Figura 5. Assentamentos de Reforma Agrária mais desmatados na Amazônia Legal em março de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).
No mês de março de 2015, o SAD detectou 3 quilômetros quadrados de desmatamento em Unidades de Conservação (Figura 6). No caso das Terras Indígenas, em março de 2015 não houve detecção de desmatamento.
Figura 6. Unidades de Conservação mais desmatadas na Amazônia Legal em março de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).
Em março de 2015, os municípios mais desmatados foram: Feliz Natal (Mato Grosso) e Itaúba (Mato Grosso) (Figura 7 e 8).
Figura 7. Municípios mais desmatados na Amazônia Legal em março de 2015 (Fonte: Imazon /SAD).
Figura 8. Municípios com maiores áreas desmatadas na Amazônia Legal em março de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).
Em março de 2015, foi possível monitorar com o SAD 47% da área florestal na Amazônia Legal. Os outros 53% do território florestal estavam cobertos por nuvens, o que dificultou a detecção do desmatamento e da degradação florestal. Os Estados com maior cobertura de nuvem foram Roraima (86%) e Pará (67%). Em virtude disso, os dados de desmatamento e degradação florestal em março de 2015 podem estar subestimados (Figura 9).
* A parte do Maranhão que integra a Amazônia Legal não foi analisada.
Figura 9. Área com nuvem e sombra em março de 2015 na Amazônia Legal.
Desde agosto de 2012 a detecção de alertas de desmatamento e degradação florestal do vem sendo realizada na plataforma Google Earth Engine (EE), com a nova versão SAD EE. Esse sistema foi desenvolvido em colaboração com a Google e utiliza o mesmo processo já utilizado pelo SAD 3.0 (Quadro I), com imagens de reflectância do MODIS para gerar os alertas de desmatamento e degradação florestal.
This post was published on 23 de abril de 2015
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