Encontro coorganizado pelo Imazon reunirá gestores, comunidades tradicionais e organizações da sociedade civil para discutir avanços na regulamentação e no fortalecimento dos 26 mosaicos existentes no Brasil, além da criação de novos

O III Workshop Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas ocorre em Brasília nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro e vai reunir os 26 mosaicos formalmente reconhecidos no Brasil, além de representantes e lideranças de unidades de conservação, terras indígenas, quilombolas e órgãos responsáveis pela proteção e manutenção dessas regiões.
O evento é promovido pela Rede de Mosaicos de Áreas Protegidas (REMAP) e tem o objetivo de debater estratégias que fortaleçam a governança e avancem no reconhecimento de novos mosaicos. O pesquisador do Imazon Daniel Pinheiro explica que a expectativa é gerar subsídios para a regulamentação, com prioridade para a participação dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas nas conversas que vão ocorrer.
“Essa iniciativa é fundamental para conectar diferentes territórios, permitindo uma administração integrada que avance na conservação da sociobiodiversidade. A criação desses espaços, especialmente com a presença ativa das comunidades tradicionais, garante a conservação da Amazônia e de outros biomas”, afirma Daniel.
Entre as discussões que o encontro vai levantar, estão a conservação da natureza, restauração ecológica, proteção compartilhada dos locais e as oportunidades sociais e de conhecimento geradas pelos mosaicos.
Norte do Pará estará representado no evento
A REMAP é uma iniciativa que conecta pessoas e instituições interessadas no fortalecimento das áreas protegidas no Brasil. O Imazon é integrante da rede e atua na articulação entre áreas no Norte do Pará e os órgãos públicos que fazem a sua gestão, seja na esfera municipal, estadual e federal. Além de fornecer dados técnicos e dialogar com outras instituições para o desenvolvimento desses territórios.
A pesquisadora do Imazon Jakeline Pereira ainda destaca que as áreas protegidas do Norte do Pará são fundamentais na conservação amazônica e as comunidades desses lugares são muito importantes para a efetividade dessa proteção. “Esses povos têm um conhecimento profundo sobre suas terras e desenvolvem práticas sustentáveis para a preservação da floresta. Neste workshop, é preciso garantir que eles tenham vozes ativas nessa discussão, alinhando políticas públicas à realidade local e assegurando que essas regiões continuem cumprindo sua função socioambiental”, observa.
O Imazon participará do evento, do qual é coorganizador, juntamente com uma caravana do Norte do Pará. O grupo será composto por pesquisadores e lideranças comunitárias de territórios quilombolas e indígenas, além de gestores de unidades de conservação.