O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou a destruição de 194 km² de floresta em outubro, o equivalente a cerca de cinco vezes o Parque Nacional da Tijuca (RJ). O instituto detectou ainda 104 km² de degradação florestal (destruição parcial da mata) na região.

O índice teve um aumento de 90% em relação a outubro de 2008, quando o desmatamento registrado foi de 102 km². Ao mesmo tempo, houve queda de 10% em relação a setembro deste ano, quando foram localizados 216 km² de floresta desmatada.

O estado com mais devastação em outubro é o Pará (45%), seguido de Mato Grosso (22%) e Rondônia (13%). Somados, os três representam 80% do total desmatado. Depois vêm Amazonas (9%), Roraima (6%), Amapá (3%) e Acre (2%).

Em relação a situação fundiária, a maioria (83%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante foi registrado em assentamentos de reforma agrária (4%), unidades de conservação (9%) e terras indígenas (7%).

Os municípios mais desmatados foram São Félix do Xingu (PA) com 12 km², seguido de Óbidos (PA) com 7,7 km² e Feliz Natal (MT) com 6,7 km². Graças à pouca cobertura de nuvens, que comumente atrapalha o monitoramento da floresta, foi possível checar 87% da Amazônia Legal no mês.


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