O Imazon divulgou novos dados de ameaça e pressão de desmatamento em Áreas Protegidas (APs). Os dados são relativos ao período entre os meses de agosto a outubro de 2018 e indicam que 62% das ocorrências são de ameaça e os outros 38% indicam pressão por desmatamento em APs. O desmatamento detectado foi 60% superior ao registrado de agosto a outubro.

Existe uma diferença entre os indicadores de ameaça e pressão. Ameaça é a medida do risco iminente de ocorrer desmatamento no interior de uma AP. É utilizada uma distância de 10 km para indicar a zona de vizinhança da área onde a ocorrência de desmatamento indica ameaça. Muitas áreas ainda resistem a esse tipo de ameaça não permitindo que o desmatamento penetre em seus limites. Entretanto, em muitos casos, o desmatamento acaba ocorrendo dentro das APs. O indicador de pressão mostra que já existe a devastação, que pode levar a perdas de serviços ambientais e até mesmo à redução ou redefinição de limites da área.

As Unidades de Conservação Federais que sofreram mais ameaça foram a Resex Chico Mendes (AC) e a Flona do Iquiri (AM). Considerando a pressão, as APs Resex Chico Mendes (AC) e a APA do Tapajós (PA) foram as primeiras do ranking. A Reserva Extrativista Chico Mendes sofre tanto ameaça quanto pressão desde o calendário de desmatamento de 2017. TI Karipuna e TI Jacareúba/Katawixi foram as Terras Indígenas mais ameaçadas em 2018. A TI Apyterewa (PA) e TI Cachoeira Seca do Iriri (PA), assim como em 2017, seguem como as mais ameaçadas da região.

O Imazon faz essa medição por meio do monitoramento de ameaças e pressões nas Áreas Protegidas com base em dados de desmatamento. As Áreas Protegidas (APs) representam um patrimônio nacional, e considerando a extensão das APs na Amazônia Legal, os seus benefícios para manutenção da biodiversidade, estoques de carbono e na geração de serviços ambientais, como a regulação do clima, possuem relevância global.

 

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