De cara nova, o novo portal da Raisg – Rede Amazônica de Informação Georreferenciada – traz vídeos explicativos, disponibiliza dados abertos que o público pode baixar para compor mapas e análises, e apresenta uma nova publicação.
Com o intuito de ampliar ainda mais o acesso à informação especializada e qualificada que vem produzindo e difundindo há dez anos, a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada apresenta seu novo portal. E coloca pela primeira vez à disposição do público as informações cartográficas (shapefiles) elaboradas pela Rede, compondo variados mapas e análises espaciais que podem ser amplamente utilizados por organizações da sociedade civil, organizações governamentais de pesquisa e academia.
Ao mesmo tempo lança o novíssimo estudo Cartografia Histórica de Áreas Naturais Protegidas e Territórios Indígenas na Amazônia, que analisa as dinâmicas e os processos que conduziram à criação e institucionalização das Áreas Naturais Protegidas (ANP) e ao reconhecimento dos Territórios Indígenas (TI) na Amazônia. Reúne ainda mapas temáticos atualizados de 2014 das ANP e dos TI na Amazônia e, pela primeira vez, estatísticas comparadas da criação dessas Áreas Protegidas e do reconhecimento dos Territórios Indígenas na Amazônia. Além do estudo, o portal apresenta um mapa atualizado das ANP e TI com desmatamento até 2015. Veja aqui.
O estudo está disponível a partir desta quinta-feira, 20 de abril, no também novo portal www.amazoniasocioambien
O portal traz uma nova contribuição para análise e compreensão das dinâmicas socioambientais da Panamazônia. Essa foi a missão quando a rede se formou em 2007, reunindo organizações de países amazônicos que somaram recursos e experiências para, de modo colaborativo, elaborar mapas e estudos, contribuindo assim para superar visões fragmentadas sobre a Amazônia e as divisões artificiais que os limites nacionais estabelecem.
“A imagem renovada e novos serviços e ferramentas que o novo portal oferece está de acordo com a nova etapa que a Raisg atravessa no ano em que completa 10 anos”, diz Beto Ricardo, coordenador geral da Rede. “A estabilidade da Rede se consolidou e a colaboração entre seus integrantes vem assegurando a produção regular de novas análises, que empregam tecnologia de ponta”. Para Ricardo, a nova imagem vem ao encontro do mundo da conservação hoje, que apresenta ferramentas cada vez mais sofisticadas para gerar informação geográfica e análises.
Em dez anos de existência, a Raisg tem contribuído para a compreensão da bacia amazônica em sua complexa, diversa e multidimensional totalidade por meio de produtos estratégicos como o Mapa de Territórios Indígenas e Áreas Naturais Protegidas da Amazônia (2009, 2012, 2015 e 2016), o Atlas Amazônia sob Pressão (2012), o Mapa de Carbono em Áreas Naturais Protegidas e Territórios Indígenas (2014)e o estudo sobre o desmatamento histórico na Amazônia (2015). Todos estão disponíveis no novo portal para download.
Para além de gerar novos e inéditos produtos de visão regional, a Raisg inova com sua experiência de construção de uma rede que, sem institucionalidade jurídica, foi solidamente constituída sobre protocolos de colaboração e compromissos. “Trata-se de uma experiência que atravessa fronteiras, um modelo bem-sucedido de gestão, geração de metodologias e produção de informação para a tomada de decisões e o conhecimento da Panamazônia, por meio da colaboração entre diversas organizações da sociedade civil de distintos países amazônicos unidos por objetivos compartilhados”, resume Beto Ricardo.
Atualmente compõem a Raisg oito instituições de seis países amazônicos: FAN (Bolívia), ISA e Imazon (Brasil), Gaia (Colômbia), EcoCiencia (Equador), IBC (Peru), Provita e Wataniba (Venezuela).
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