Martins, H., Amaral, P., Fernandes, K., & Salomão, R. (2007). Avaliação da pressão humana na Reserva Extrativista Verde para Sempre no oeste do Pará. Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (pp. 2817-2824). Florianópolis: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Introdução
Reservas Extrativistas (ResEx), São áreas destinadas a uso e controle de populações extrativistas, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Essas áreas são controladas pelo Estado em contratos de concessões e tem objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais (Alegretti, 1994) e disponivel no site www.ibama.org.br. Atualmente, existem na Amazônia 59 ResEx, cobrindo uma área de cerca de 19 milhões
de hectares e abrigando aproximadamente 143 mil pessoas. Além disso, mais 45 novas unidades estão em processo de criação na região (CNS, 2006). Entre as principais causas motivadores para a criação das ResEx, destacam-se os conflitos fundiárias e a pressão de desmatamentos em áreas ocupadas pelas comunidades. Entretanto poucos estudos foram realizados com o intuito de qualificar a pressão humana nas ResEx após a sua criação e avaliar se seus objetivos estão sendo alcançados. Segundo (Barreto et al., 2005) as Unidades de Conservação de uso sustentável na Amazônia, como as ResEx, apresentam 23% de sua área sobre pressão humana incipiente, ou seja, presença humana temporária. Neste contexto, este estudo tem como objetivo diagnosticar a situação do desmatamento, ocorrência de fogo e abertura de estradas no entorno e no interior da ResEx Verde para Sempre, antes e após o decreto de sua criação. Os resultados do estudo poderá auxiliar os órgãos responsáveis na gestão da ResEx Verde para Sempre e definir estratégias que garantam que seus objetivos sejam alcançados.