Título | Caracterização da dinâmica de garimpos na região do Tapajós com imagens Landsat. |
Autores | Cintia Pedrina Palheta Balieiro
Carlos Moreira de Souza Jr. |
Ano de publicação | 2007 |
Acesse em | artigo |
Balieiro, C., & Souza Jr., C. (2007). Caracterização da dinâmica de garimpos na região do Tapajós com imagens Landsat. Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (pp. 6615-6620). Florianópolis: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Introdução
A região do Tapajós, localizada no sudoeste do Pará, foi a maior área de mineração de ouro da América Latina nas décadas de 1980 e 1990, com cerca de 100.000 km² (CPRM, 1996). A produção aurífera integrou esta região na economia nacional, mas o crescimento desordenado acarretou sérios problemas ambientais (DNPM, 1992). A garimpagem era local, de pequena escala (750.000 m²), ao longo dos rios e predominantemente manual (Kligermam et al., 2001). Os impactos ambientais incluem a erosão das margens dos rios, alteração e desmatamento das matas ciliares, assoreamento e contaminação das águas por mercúrio (DNPM, 1992). Bezerra et al. (1996) revelam que os impactos sobre os rios afetam a cobertura florestal original gerando um ambiente complexo com lagoas, areia grossa, cascalhos, argilas, vegetação de gramíneas e arbustos. O desmatamento ocorre nas áreas adjacentes aos garimpos a partir da abertura de áreas para a lavra, implantação de “currutelas” (i.e., povoados onde concentram os garimpeiros) e a construção de pistas de pouso (Rodrigues et al., 1994). Nenhum estudo avaliou o desmatamento causado pelos garimpos em áreas extensas. Além disso, não se conhece os impactos indiretos dos garimpos no desmatamento, como por exemplo, a expansão da pecuária pós-garimpo. O sensoriamento remoto tem sido utilizado para mapear e monitorar áreas degradadas por garimpos na Amazônia como por exemplo, em Roraira onde Melo e Almeida Filho (1996) e Almeida Filho e Shimabukuro (2002) utilizaram imagens Landsat para este propósito. Portanto, é uma ferramenta que pode ser aplicada com a mesma finalidade na Bacia do Tapajós. Este estudo tem por objetivos mapear e detectar a dinâmica de garimpos e a mudança da paisagem desta região no período de 1992 a 2003, utilizando imagens de satélite Landsat-TM.