Desmatamento zero e ordenamento territorial: fundamentos para o desenvolvimento sustentával da Amazônia

Novo estudo do projeto Amazônia 2030, iniciativa de pesquisadores brasileiros em prol do desenvolvimento da Amazônia Legal, aponta que zerar o desmatamento e realizar o ordenamento territorial da Amazônia são fundamentais para o desenvolvimento da região e do Brasil. A publicação demonstra que o fim do desmatamento não se deve apenas por questões ambientais, mas também por demandas socioeconômicas.

O estudo “Desmatamento zero e ordenamento territorial: fundamentos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”  é o terceiro de uma série de estudos que condensam descobertas do projeto Amazônia 2030 ao longo de três anos de pesquisas.

Os pesquisadores Clarissa Gandour, Beto Verissimo e Juliano Assunção reforçam que a Amazônia Legal merece um novo modelo econômico que possibilite o uso sustentável dos seus recursos naturais e gere qualidade de vida para os seus 28 milhões de habitantes. Para isso, o Brasil deve assumir inabalável compromisso com o desmatamento zero até 2030 e concluir o ordenamento territorial na região.

“Esses são os pilares para o enfrentamento da ilegalidade, da violência e da ineficiência que corroem o ambiente econômico da Amazônia e são os principais obstáculos para seu desenvolvimento sustentável”, aponta o documento.

De acordo com os pesquisadores, o país sabe como zerar o desmatamento. Isto já foi feito antes e não gerou prejuízos para o agronegócio. Ao contrário, o PIB do setor apenas cresceu durante o período. A pesquisa aponta que  a maior parte da área desmatada é ocupada por uma pecuária bovina de baixa produtividade, o que gera poucos empregos e pouca renda. O combate ao desmatamento estimula a intensificação das atividades agropecuárias nessas áreas já desmatadas e, assim, contribui para aumentar o valor da produção sem exigir novos desmatamentos. Entre 2004 e 2012, período em que houve redução de 84% da taxa de desmatamento na Amazônia, o PIB real do setor agropecuário na região aumentou 45%.

 

Leia o estudo completo aqui

This post was published on 11 de abril de 2023

Notícias recentes

Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) – Março de 2024

Amorim, L., Santos, B., Ferreira, R., Ribeiro, J., Souza Jr., C., & Veríssimo, A. Sistema…

16 de abril de 2024

Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) – Fevereiro de 2024

Amorim, L., Santos, B., Ferreira, R., Ribeiro, J., Dias, M., Brandão, I., Souza Jr., C.,…

18 de março de 2024

Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas: SAD de Outubro a Dezembro de 2023

Amorim, Larissa; Santos, Bianca; Ferreira, Raissa; Brandão, Ives; Dias, Manoela; Ribeiro, Júlia & Souza Jr.,…

11 de março de 2024

Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas: SAD de Julho a Setembro de 2023

Amorim, Larissa; Santos, Bianca; Ferreira, Raissa; Brandão, Ives; Dias, Manoela; Ribeiro, Júlia & Souza Jr.,…

11 de março de 2024

Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas: SAD de Abril a Junho de 2023

Amorim, Larissa; Santos, Bianca; Ferreira, Raissa; Brandão, Ives; Dias, Manoela; Ribeiro, Júlia & Souza Jr.,…

11 de março de 2024

Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas: SAD de Janeiro a Março de 2023

Amorim, Larissa; Santos, Bianca; Ferreira, Raissa; Brandão, Ives; Dias, Manoela; Ribeiro, Júlia & Souza Jr.,…

11 de março de 2024