Título Política Florestal coerente para Amazônia: Zoneamento Florestal, Florestas de Produção e Monitoramento Florestal.
Autores Adalberto Veríssimo

Carlos Souza Junior

Local de publicação Cadernos FBDS – Workshop: forest policies and sustainable development in the amazon
Cidade Rio de Janeiro
Ano de publicação 1997
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Captura de tela 2025 02 10 130737 218x300 - Política Florestal coerente para Amazônia: Zoneamento Florestal, Florestas de Produção e Monitoramento Florestal.Veríssimo, A., & Souza Jr., C. 1997. Política Florestal coerente para Amazônia: Zoneamento Florestal, Florestas de Produção e Monitoramento Florestal. Cadernos FBDS – Workshop: forest policies and sustainable development in the amazon, 2, 113-118. Rio de Janeiro: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável.

Introdução

A Amazônia brasileira, detentora da maior reserva de madeira tropical do mundo, produz atualmente 25 milhões de metros cúbicos de madeira em tora ou 80% da produção do país. A maioria dessa produção (>90%) é absorvida pelo mercado interno. As exportações de madeira representam uma parcela modesta do mercado internacional de madeiras tropicais (em torno de 4%), mas deverão crescer expressivamente na próxima década devido à exaustão, em curso, dos recursos florestais da Ásia. Adequar-se à dinâmica de mercado e às práticas de bom manejo será o grande desafio para a Amazónia na próxima década.

Na Amazónia, a atividade madeireira se concentra ao longo de um arco ao sul da bacia amazónica e nas margens dos principais rios da região. Aproximadamente 80% do volume explo rado vem das florestas de terra firme, enquanto a produção originária da várzea representa apenas 20%. Nas regiões mais remotas, os madeireiros entram na floresta em busca apenas de espécies altamente valiosas, como o mogno. Nas áreas mais próximas, de fácil acesso, o baixo custo de transporte permite a exploração de mais de cem espécies.

O setor madeireiro da Amazônia tem ainda uma partipação modesta no PIB nacional, menos de 2% Entretanto, a nivel regional a participação desse setor é cada vez mais expressiva. Por exemplo, no Pará a atividade madeireira representa 13% do PIB.

Essa importância econômica se confronta com o fato de que a exploração florestal na Amazónia ocorre de forma predatória. Os impactos ecológicos são severos nos casos em que é economicamente viável a extração de todas as espécies madeiráveis. Quando é apenas economi camente viável a extração das espécies de alto valor (15-20 espécies), os danos nas florestas são menores, mas a abertura de estradas pela atividade madeireira pode agir como um catalisador

para a colonização e subseqüente desmatamento. Entre as várias causas da exploração predatória estão o baixo valor do recurso madeireiro devido à abundância dos estoques, à escassez de iniciativas promissoras de manejo florestal, 20 monitoramento deficiente e à insuficiência de florestas de produção (por exemplo, Flonas).

Para que as práticas de manejo florestal sejam adotadas na região é fundamental atacar a questão da abundância dos estoques, a escassez de florestas públicas de produção e a inoperância do sistema de monitoramento e fiscalização da atividade madeireira.


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