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Extração ilegal de madeira cresce 11 vezes em terras indígenas do Pará
21/09/22Maior área com exploração madeireira ocorreu dentro do Território Amanayé, no município de Goianésia do Pará, que teve mais de mil hectares afetados
Unidades de conservação também passam a ser alvo da atividade ilegal
O estudo também identificou que houve exploração ilegal de madeira nas unidades de conservação, territórios onde a publicação anterior não havia encontrado registros da atividade irregular em áreas acima de 1 hectare — tamanho a partir do qual a Rede Simex mapeia a extração de madeira. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, no entanto, foram encontrados 126 hectares com exploração madeireira não autorizada em unidades de conservação do Pará. A maior parte ocorreu na Floresta Nacional do Jamanxim, que fica nos municípios de Itaituba e Novo Progresso. No local, 56 hectares tiveram registros de exploração madeireira, o que corresponde a 45% da área afetada irregularmente nas unidades de conservação paraenses. Em segundo lugar ficou a Floresta Nacional de Altamira, com 44 hectares (35%), a Florestal Estadual de Iriri, com 18 hectares (15%) e o Parque Nacional do Jamanxim, com 7 hectares (6%).“O aumento da exploração de madeira dentro das terras indígenas e o registro nas unidades de conservação é extremamente preocupante, pois indica que esses territórios que por lei devem ser protegidos com prioridade não estão recebendo a atenção necessária para barrar novas invasões”, afirma o pesquisador do Imazon Dalton Cardoso.
Exploração madeireira não autorizada representa 41% da atividade no estado
Em todo o Pará, a publicação identificou 57.079 hectares com extração de madeira entre agosto de 2020 e julho de 2021, um aumento de 14% em relação ao período passado, quando foram registrados 50.139 hectares com a atividade. De toda a área explorada no estado, 23.390 hectares tiveram extração de madeira sem autorização dos órgãos ambientais, o que representa 41% do total. Já a área autorizada chegou aos 33.690 hectares, 59%. Em relação com o período passado, quando 27.595 hectares foram explorados sem permissão, a área com atividade irregular reduziu 15%. Por outro lado, a extração autorizada, que somava 22.544 hectares no estudo anterior, aumentou 49% entre agosto de 2020 e julho de 2021.“Essa redução na exploração madeireira não autorizada é positiva, mas ainda precisa melhorar muito. Não podemos ter dois hectares com irregularidades a cada cinco com extração de madeira na Amazônia”, afirma Cardoso.
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