O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, divulgou neste sábado (8), pela primeira vez, um boletim em que estima o risco de desmatamento nessa porção do Brasil. O modelo é um mapa de probabilidade com resolução de 1 quilômetro quadrado e que abrange o período de agosto de 2010 a julho de 2011.

A organização calculou que a maior parte das florestas sob risco de desmatamento concentra-se no Pará (67%) e em Mato Grosso (13%). Áreas privadas, devolutas ou em conflito de posse concentram 59% dessas áreas, enquanto que outros 25% estão dentro de assentamentos de reforma agrária. As reservas concentram 16% das áreas sob risco de desmatamento.

ImazonPontilhado mostra os focos com maior risco de desmatamento.

Trata-se de um modelo baseado em estatísticas que permitem, de acordo com o Imazon, prever quais são as áreas com maior probabilidade de devastação, partindo dos pontos que foram desmatados no passado e fatores que influenciam na possibilidade de exploração da floresta, como proximidade de estradas e rios navegáveis, custo de transporte de madeira, topografia, elevação de terreno, declividade e unidades de conservação.

A organização calculou que a maior parte das florestas sob risco de desmatamento concentra-se no Pará (67%) e Mato Grosso (13%). Áreas privadas, devolutas ou em conflitos por posse concentraram 59% dessas áreas, enquanto que outros 25% estão dentro de assentamentos de reforma agrária. As reservas concentram 16% das áreas sob risco de desmatamento, respectivamente.

O Imazon assumiu uma taxa de desmatamento anual de 7.500 quilômetros quadrados para o período estimado, o que fez com que a projeção apontasse uma área de floresta de pelo menos 3.700 quilômetros quadrados sob risco de desmatamento, ou seja, áreas com probabilidade de desmatamento maior que zero. De acordo com a instituição, a estimativa tem 95% de confiança estatística.O resultado é um mapa com resolução de 1 quilômetro quadrado.

Fonte – Globo Natureza


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