Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon mostram que, no último mês de setembro, foram desmatados 1.218 km² de floresta na Amazônia Legal. O número representa um aumento de 52% na comparação com o mesmo mês no ano passado, quando foram derrubados 803 km². No comparativo dos primeiros nove meses de 2020, o desmatamento chega a 6.030 km². Um valor 20% maior em relação ao mesmo período de 2019.
O estado do Pará foi o responsável por mais da metade (51%) de todo o desmatamento no mês de setembro. É o sexto mês consecutivo que o estado encabeça o ranking dos que mais derrubaram árvores na Amazônia. Dos dez municípios que mais desmataram, oito são paraenses. Altamira, no sudoeste do estado, aparece em primeiro lugar. Também fazem parte do ranking: São Félix do Xingu, Pacajá, Novo Progresso, Portel, Senador José Porfírio, Itaituba e Placas.
Degradação – No último mês, a degradação cresceu 147% na Amazônia, segundo o sistema de monitoramento do Imazon. Ao todo, a área de florestas degradadas totalizou 3.048 km². Alguns exemplos de degradação são os incêndios florestais. Esses incêndios podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando. A extração seletiva de madeira para fins comerciais é outro exemplo de degradação.
Monitoramento da Amazônia – O Sistema de Alerta de Desmatamento, desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélite para monitorar a floresta. Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland. Todas essas plataformas são importantes para a proteção do nosso patrimônio ambiental, pois garantem a vigilância da floresta e a emissão de alertas dos locais onde há registro de desmatamento. Os dados fornecidos ajudam a subsidiar os órgãos de controle ambiental a planejar operações de fiscalização e identificar desmatadores ilegais.
Veja o Boletim do Desmatamento completo aqui.
Entenda mais sobre o SAD aqui.