A meta de zerar o desmatamento nos próximos anos é necessária e factível. Caso o Brasil não seja mais ambicioso em suas metas de combate a destruição de biomas ameaçados poderá amargar grandes prejuízos em curto prazo.
A destruição das florestas, somada às mudanças climáticas, pode provocar secas prolongadas em diferentes regiões do Brasil e reduzir a produção agrícola, gerando um grande impacto econômico e social. Já em 2020 a produção agrícola poderá sofrer um prejuízo anual na ordem de R$ 7,4 bilhões, como consequência da redução de chuvas em diferentes regiões. Tal escassez afetaria também a geração de energia hidroelétrica e o abastecimento de água nas cidades.
O aumento da produção agrícola sem desmate, aumento da eficácia da fiscalização, estabelecimento de novas áreas protegidas, ampliação e consolidação dos compromissos privados e públicos pelo desmatamento zero, uso da tributação para estímulo à conservação e incentivos financeiros para conservação são algumas das ações propostas por organizações socioambientais do País no manifesto “Desmatamento Zero e o futuro do Brasil”.