Cerca de 100 representantes de entidades ligadas ao apoio, consolidação e gestão de Áreas Protegidas, além de comunidades tradicionais e indígenas do Pará e Amapá se reuniram na tarde de ontem (3) para a abertura do I Seminário Áreas Protegidas do Escudo das Guianas – Pará e Amapá, realizado pela Conservação Internacional (CI), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé).

O objetivo do evento que acontece na Ilha do Mosqueiro, região metropolitana da capital paraense é divulgar e trocar experiências, além da colaboração e a integração das atividades das diversas instituições atuantes nas áreas dentro desta região.

Para José Colares, secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará, é necessário estabelecer um plano de integração da gestão desse enorme território de conservação, especialmente da região da Calha Norte paraense, que está dentro do Escudo das Guianas. “Nós temos um compromisso com a gestão e a reestruturação da SEMA para dar condições de gestão. Vamos criar o Instituto da Biodiversidade que vai cuidar de 21,8 milhões de hectares de floresta pública sob responsabilidade do Estado. E há também um projeto para direcionar recursos da compensação ambiental para a criação de um plano de gestão da Calha Norte, estruturando bases de gestão fixas da SEMA no interior do Estado, estruturar bases avançadas, estruturação das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e fomentar a base de uso sustentável da floresta com as comunidades tradicionais”, explica Colares.

“Precisamos dialogar mais”, alerta Fernando Peçanha, coordenador regional Belém do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), também presente na abertura do evento. “Fazer conservação do meio ambiente e garantir o uso sustentável dos recursos naturais não é algo simples. O SAPEG é um grande primeiro passo para essas experiências de troca e de integração.”

Durante a abertura do seminário, foi lançado o documentário “Eu moro aqui – história dos povos das florestas do Norte do Brasil”, de Fernando Segtowick e Pedro Afonso. O filme mostra a visão, a rotina e os desafios dos moradores do maior bloco de floresta tropical do planeta.

“Temos vários desafios na gestão da Floresta Estadual e as pressões vêm dos diversos públicos”, comenta Eudimar Viana, coordenador de Unidades de Conservação de Uso Sustentável pela Secretaria de Meio Ambiente do Amapá. “O nosso Estado é o que possui a maior parte do seu território protegida e a Secretaria tem atuado para alcançar a melhor maneira possível de gerir as Unidades de Conservação considerando justamente a presença das comunidades tradicionais”.

O evento segue até o dia 5 com a realização de mesas e debates para integrar as ações de gestão das diversas instituições. O I SAPEG acontece no Hotel Fazenda Paraíso, na Ilha de Mosqueiro, com apoio do ICMBio, Ecam, FUNAI, Secretarias de Estado de Meio Ambiente do Pará e Amapá, além do patrocínio da Fundação Moore, Fundo Vale e KFW.

SAPEG - Abertura do I SAPEG é marcada por compromissos de integração

SAPEG 1 - Abertura do I SAPEG é marcada por compromissos de integração

SAPEG 2 - Abertura do I SAPEG é marcada por compromissos de integração

SAPEG 3 - Abertura do I SAPEG é marcada por compromissos de integração

SAPEG 4 - Abertura do I SAPEG é marcada por compromissos de integração

SAPEG 5 - Abertura do I SAPEG é marcada por compromissos de integração


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