APA do Tapajós e Resex Chico Mendes são as áreas protegidas mais pressionadas pelo desmatamento na Amazônia

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Apenas entre as terras indígenas, situação mais crítica é na Apyterewa e na Cachoeira Seca do Iriri, ambas no Pará

 

Operacao contra garimpo ilegal dentro da APA Triunfo do Xingu Foto Semas - APA do Tapajós e Resex Chico Mendes são as áreas protegidas mais pressionadas pelo desmatamento na AmazôniaOperacao contra garimpo ilegal dentro da APA Triunfo do Xingu Foto Semas - APA do Tapajós e Resex Chico Mendes são as áreas protegidas mais pressionadas pelo desmatamento na Amazônia
Garimpo ilegal na APA Triunfo do Xingu, a terceira mais pressionada na Amazônia (Foto: Semas/Reprodução)

 

Localizadas no Pará e no Acre, respectivamente, a APA do Tapajós e a Resex Chico Mendes foram as duas as áreas protegidas mais pressionadas pelo desmatamento na Amazônia entre agosto e outubro deste ano. A análise é de um monitoramento trimestral do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), publicado nesta terça-feira (14).

Conforme o estudo, tanto a APA quanto a Resex, ambas unidades de conservação federais, já ocupavam as piores colocações no ranking das mais pressionadas pelo desmatamento no mesmo período do ano passado, em primeiro e em terceiro lugar. Isso indica que não foram tomadas medidas eficientes para proteger os locais, que deveriam ser prioridade nas políticas públicas.

“Infelizmente, a situação é a mesma neste ano. É necessário intensificar urgentemente as ações de fiscalização nessas áreas e identificar os responsáveis por esse desmatamento ilegal”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

Na publicação, o instituto classifica como pressão o desmatamento que ocorre dentro de todos os tipos de áreas protegidas. No ranking com apenas as terras indígenas, as mais pressionadas entre agosto e outubro foram a Apyterewa e a Cachoeira Seca do Iriri, ambas no Pará. No relatório referente ao mesmo período de 2020, a Apyterewa também ocupou a primeira colocação, enquanto a Cachoeira Seca do Iriri ficou em quinto lugar.

Já entre as unidades de conservação estaduais, as mais pressionadas foram as APAs Triunfo do Xingu e Arquipélago do Marajó, localizadas no Pará. A Triunfo do Xingu, inclusive, ocupa a terceira posição no ranking geral das áreas protegidas com mais pressão.


Resex Chico Mendes lidera ranking de ameaça

O estudo também lista os territórios protegidos mais ameaçados na Amazônia, classificação que leva em conta as ocorrências de desmatamento a até 10 km dessas áreas. No ranking de ameaça, a liderança é da Resex Chico Mendes, que também ocupou a primeira colocação no mesmo período de 2020.

“Segundo a legislação, essas reservas são destinadas para que populações extrativistas tradicionais possam fazer o uso sustentável dos recursos naturais. Porém, as altas ocorrências de desmatamento dentro e ao redor da Resex Chico Mendes impedem que essa gestão sustentável seja feita”, explica a pesquisadora.

Em segundo lugar no ranking de ameaça ficou a Parna Mapinguari, unidade de conservação federal localizada no Amazonas e em Rondônia. Já em relação apenas às terras indígenas, ocupam a primeira e a segunda colocação a Trincheira/Bacajá e a Parakanã, ambas em solo paraense.


Pará segue como o estado mais crítico

Apesar da situação dramática da Resex Chico Mendes, a área protegida é a única acreana que aparece entre as mais pressionadas e ameaçadas na Amazônia. Dos 20 territórios listados, 15 estão no Pará, sendo nove na lista de pressão e seis na de ameaça.

“O fato desse grande quantitativo de áreas protegidas mais pressionadas e ameaçadas estarem localizadas no Pará é reflexo do crescente desmatamento que ocorre em todo o estado, que atualmente lidera o ranking dos que mais desmatam na Amazônia Legal”, afirma Amorim.

Situação que evidencia a necessidade de ações urgentes para evitar que as florestas públicas paraenses sigam sendo destruídas dentro de áreas que deveriam ser prioritariamente protegidas, seja pelo governo federal ou do estado.


Metodologia contabiliza ocorrências de desmatamento

Divulgado trimestralmente pelo Imazon, o relatório “Ameaça e pressão de desmatamento em áreas protegidas” possui uma metodologia que contabiliza o número de ocorrências da destruição da floresta dentro ou no entorno desses territórios — e não a área total desmatada. Para isso, o instituto cruza dados do seu Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), monitoramento mensal via imagens de satélites, com células de 100 km² na Amazônia Legal.

No estudo, são contabilizadas como ocorrências células cuja devastação está dentro ou a até 10 km de uma área protegida. A ocorrência é classificada como pressão se a célula com desmatamento estiver dentro do território e como ameaça se for localizada no entorno.


Clique aqui para ver a publicação completa

This post was published on 14 de dezembro de 2021

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