Proteção do meio ambiente e das espécies, melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais com a geração de emprego e renda. Esses são os objetivos da implementação da atividade de pesca esportiva na Floresta Estadual de Faro. Localizada na Calha Norte do Estado do Pará, é uma Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável, gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), por meio da Gerência da Região Administrativa da Calha Norte II.
A temporada da atividade foi iniciada na região em agosto passado e segue até dezembro deste ano. A intenção é transformar e consolidar a UC como um importante destino de pesca esportiva dentro do Estado. Para isso, o Instituto investe na capacitação das comunidades locais como a do Português e Monte Sião, localizadas no interior da UC, no Pará. Além de firmar parceria com as comunidades de Cuipiranga, Sete Ilhas e Veneza, residentes na margem do rio Nhamundá, área de abrangência da UC pertencente ao Estado do Amazonas.
Capacitação – Os comunitários passaram por um processo de capacitação, envolvendo alguns parceiros como o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Nas capacitações foram abordados conteúdos como a legislação de UCs, segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), técnicas de condução, manuseio e manutenção de motores de rabeta e voadeira, interpretação ambiental, pesca esportiva, observação da natureza, administração de conflitos, entre outros.
As atividades obedecem algumas regras. E, para participar, cada visitante paga uma taxa, que é revertida para a associação dos moradores, explicou a gerente da Calha Norte II e técnica em gestão ambiental do Ideflor-Bio, Socorro Almeida. “Os condutores que pilotam as lanchas dos pescadores esportivos recebem diárias. Pessoas das comunidades desenvolvem outros trabalhos com a finalidade de atender bem os clientes”, pontuou a gerente.
Pescado – O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) trabalha em parceria com o Instituto, com o objetivo de garantir a segurança dos visitantes, o ordenamento, monitoramento e fiscalização contra crimes ambientais, sobretudo, assegurando a permanência do principal ator nesse processo de consolidação da atividade de pesca esportiva, que são os peixes de grande porte, tais como tucunaré, filhote e o trairão, entre outras espécies.
Conservação – Outra ação implementada pelo Instituto na região é o desenvolvimento de estudos em parceria com pesquisadores no ramo da ictiologia – voltado ao estudo dos peixes – e áreas afins, para a obtenção de conhecimento da cadeia que envolve a pesca esportiva. A ideia é celebrar um acordo de cooperação técnica com os profissionais.
“Precisamos que essa atividade seja sustentável e que as populações entendam a importância da preservação e da conservação ambiental, obtendo lucro com a floresta em pé e os rios preservados, bem como de todos os recursos naturais existentes, usando os mesmos com responsabilidade”, ponderou a presidente do Ideflor-Bio. Karla Bengtson.
Texto: Pryscila Soares – Assessoria de Comunicação do Ideflor-Bio
Fotos: Divulgação/Ideflor-Bio
This post was published on 20 de setembro de 2019
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