Evento em Brasília apresentou os resultados do 2º ciclo unificado de auditorias e reforçou a importância de ampliar a adesão aos compromissos socioambientais na pecuária.
Foram divulgados em Brasília os resultados do 2º Ciclo Unificado de Auditorias do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Carne na Amazônia Legal. A iniciativa, conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF) com apoio técnico de organizações da sociedade civil, avalia anualmente se frigoríficos signatários estão cumprindo exigências socioambientais em suas operações de compra de gado.
Seis estados da Amazônia Legal participaram da apresentação dos resultados. O objetivo é assegurar que a cadeia da carne na região avance rumo a uma produção livre de desmatamento, transparência nos processos e respeito às leis ambientais e trabalhistas. Os dados são públicos e ficam disponíveis para consulta de qualquer parte interessada.
Durante o evento, além dos dados das auditorias dos signatários, o MPF divulgou resultados de auditorias automáticas realizadas em frigoríficos que ainda não aderiram ao TAC. Os números levantaram um alerta: essas empresas apresentaram 13 vezes mais irregularidades na origem do gado adquirido em comparação aos signatários. O dado reforçou a necessidade de que mais frigoríficos assumam compromissos socioambientais, evitando se tornarem destino de animais rejeitados por empresas que seguem critérios mais rigorosos.
O Imazon participou das etapas técnicas que antecedem o evento, como membro da Câmara Técnica do TAC da Carne, contribuindo com análises e recomendações técnicas que fortalecem o monitoramento da cadeia produtiva da pecuária e promovam uma maior sustentabilidade na área.
“O TAC da Carne é uma ferramenta fundamental para aumentar a transparência e a responsabilidade na cadeia da pecuária na Amazônia. Ao monitorar a origem do gado comprado pelos frigoríficos, ele ajuda a reduzir a conexão entre a produção de carne e o desmatamento ilegal”, afirma a pesquisadora do Imazon Camila Trigueiro.
Entre os encaminhamentos futuros definidos durante o encontro, estão o ajuizamento de ações civis públicas contra frigoríficos com irregularidades e o envolvimento do setor varejista, que deve considerar o desempenho ambiental dos frigoríficos fornecedores ao definir suas compras.
O evento ocorreu no auditório JK da Procuradoria Geral da República (PGR) no dia 14 de maio.
This post was published on 15 de maio de 2025
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