Construindo estratégias para o monitoramento da biodiversidade

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Garantir a preservação de uma das regiões mais megadiversas do planeta é um dos objetivos do Programa Grande Tumucumaque

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Workshop de Monitoramento da Biodiversidade (Foto: Imazon).

Texto: Angélica Queiroz

Com 103 mil km², a área denominada de Grande Tumucumaque forma o maior conjunto conectado de florestas tropicais protegidas no mundo, onde vivem inúmeras espécies endêmicas que só ocorrem na região , o que torna sua proteção fundamental para a manutenção da biodiversidade global. Por isso, monitorar esses animais e plantas é um dos objetivos do Programa Grande Tumucumaque, implementado pelo Iepé e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

“O primeiro passo é fazer um estudo detalhado sobre a fauna e a flora dessa extensa região, que tem muitas espécies ainda pouco conhecidas”, explica a Diretora do Programa de Áreas Protegidas do Imazon, Jakeline Pereira. “Isso é importante para entendermos os impactos das mudanças climáticas, saber quais podem servir de alimento e quais estão ameaçadas de extinção, por exemplo. São informações essenciais para a gestão de um território”, completa.

Segundo Jakeline, um dos desafios é o tamanho da área a ser estudada e monitorada, uma vez que Estação Ecológica Estadual Grão Pará (que é a maior unidade de conservação de floresta tropical totalmente preservada do mundo) e a Reserva Ecológica Estadual do Maicuru, compreendem milhares de quilômetros em uma região de dificílimo acesso.  

“Esperamos que esse estudo gere um conhecimento que ajude na preservação dessas unidades de conservação, o que afeta diretamente a qualidade de vida das populações que vivem em seus entornos, incluindo povos indígenas e quilombolas. Mais que isso, a intenção é que ajude a garantir que a Amazônia possa se perpetuar como um todo, afinal estamos falando de um bioma que é todo integrado”, afirma João Roberto Bort Jr., Gerente Social e Ambiental do Programa Grande Tumucumaque do Iepé.

Workshop de Monitoramento da Biodiversidade

Para responder perguntas de “como”, “o que”, “onde”, “com que critérios”, “para quê” e “para quem” monitorar as espécies existentes no Grande Tumucumaque, lideranças indígenas, antropólogos, biólogos, engenheiros florestais, gestores e especialistas se reuniram em Santarém (PA), nos dias 13 e 14 de março. Eles também discutiram estratégias e metodologias para o trabalho. 

O workshop, realizado na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), foi um momento de troca e construção conjunta. Na ocasião, foram ouvidos pesquisadores de outros projetos, que compartilharam suas experiências e novas tecnologias de monitoramento, como bioacústica, armadilhas fotográficas, drones, e DNA e outras ferramentas.

Confira aqui os vídeos produzidos pelo Imazon durante o workshop em Santarém.

Programa Grande Tumucumaque

Iniciado em 2024, o Programa Grande Tumucumaque é fruto de uma parceria entre o Iepé e o Imazon, ao lado das organizações indígenas locais (Apitikatxi, Apiwa, Tekohara), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio). 

Previsto para durar 15 anos, este programa contempla as Terras Indígenas Parque do Tumucumaque, Rio Paru D’Este e Zo’é, bem como a Reserva Biológica Estadual de Maicuru e a Estação Ecológica Estadual Grão Pará. A articulação visa contribuir para a gestão coordenada das diferentes Terras Indígenas e Unidades de Conservação Estaduais, com base na colaboração entre diferentes atores, melhorando a implementação dos Planos de Manejo e dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAS). Saiba mais aqui.

*O Programa Grande Tumucumaque conta com financiamento do Legacy Landscapes Fund (LLF) e cofinanciamento da Fundação Nia Tero.

This post was published on 25 de março de 2025

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