Instituto também alerta para o aumento da degradação florestal, que chegou a 6.081 km², o equivalente à área do Distrito Federal
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ONG que monitora a Amazônia Legal por satélite, divulgou nesta sexta-feira (17) os dados do desmatamento e degradação da Amazônia, referentes ao mês de maio de 2011. A ONG detectou 165 km² de florestas desmatadas no mês, um aumento de 72% se comparado com o mesmo mês do ano passado.
O Estado que mais desmatou foi o Pará, com 39% de toda a área de floresta derrubada, seguido por Mato Grosso (25%) e Rondônia (21%). Os municípios que mais desmataram foram Altamira, no Pará, e Porto Velho, em Rondônia.
O alerta também chama a atenção para a degradação florestal. O Imazon considera como desmatamento apenas o chamado corte raso, que é a total supressão da cobertura florestal, mas existem “estágios” em que a floresta foi danificada, por extração predatória ou uso do fogo, por exemplo. Ou seja, a degradação florestal de hoje pode ser o desmatamento de amanhã.
Segundo os dados divulgados nesta sexta, a degradação de florestas teve aumento expressivo em quase todos os estados da Amazônia: Amazonas (592%), Acre (437%), Mato Grosso (409%), Rondônia (393%). Em Tocantins, a variação chegou a 3.000% de aumento, passando de 1 km² degradado para 31 km². Apesar do crescimento, o desmatamento em Tocantins ainda é baixo se comparado com os outros Estados.
Os dados de degradação são referentes ao período de agosto de 2010 a maio de 2011, os dez primeiros meses no calendário do monitoramento de monitoramento do desmate. Nesse período, a Amazônia acumulou 6.081 km² de florestas em algum estágio de degradação. Os números podem ser maiores. O Imazon só conseguiu monitorar 47% da Amazônia Legal, pois o restante da região estava coberta por nuvens.
Para o Imazon, o aumento do desmate pode estar relacionado à expectativa da aprovação do novo Código Florestal. Grandes obras de infraestrutura, como as usinas de Santo Antonio e Jirau, em Porto Velho, e Belo Monte, em Altamira, também podem estar relacionadas ao aumento do desmatamento.
Fonte-Revista Época (17.06.2011)
This post was published on 2 de agosto de 2013
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