O desmatamento na Amazônia teve uma redução de 39% em março último em relação ao mesmo mês de 2010, quando 76 quilômetros quadrados de florestas foram derrubados. De agosto de 2010 a março deste ano, o que corresponde aos oito primeiros meses do calendário atual de desmatamento, foi registrada uma ligeira redução de 3% no desmatamento, com um total de 972 quilômetros quadrados de desmate.

Podemos considerar que essa pequena redução de 3% é um empate

Embora o ritmo de desmatamento tenha diminuído, os números monitorados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) com base no Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) – que utiliza imagens dos satélites Cbers e Landsat do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – não são alvissareiros.

– Podemos considerar que essa pequena redução de 3% é um empate. A situação está estabilizada e a tendência é se manter estável – analisou Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon.

Considerando os oito primeiros meses do calendário anual de desmatamento, o Mato Grosso é o estado que lidera o ranking com 28% do total desmatado (263 quilômetros quadrados), seguido por Rondônia com 26% (274 quilômetros quadrados), Pará com 26% (257 quilômetros quadrados) e Amazonas com 12% (120 quilômetros quadrados).

Em março de 2011, os estados que mais desmataram foram Rondônia, com um crescimento de 69% (32 quilômetros quadrados), e Mato Grosso, com 23% (11 quilômetros quadrados).

– As áreas mais devastadas em Rondônia estão próximas às hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, o que prova a falta de políticas de defesa da floresta – disse Veríssimo.

Segundo ele, a volta do Mato Grosso ao ranking dos estados que mais desmatam está diretamente ligada à mudança do governo estadual. Para Veríssimo, o ex-governador Blairo Maggi (PR), um dos maiores produtores de soja do país, que foi eleito senador, tinha uma certa preocupação em preservar o estado, política que não estaria tendo continuidade com o atual governador, Silval Barbosa (PMDB).

De agosto a março, a degradação florestal – extração da madeira e uso do fogo para derrubar a floresta – aumentou 225%, atingindo 4.956 quilômetros

Fonte – O Globo


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