Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazônia

facebook - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniafacebook - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazônialinkedin - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazônialinkedin - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniawhatsapp - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniawhatsapp - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniax - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniax - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniaa2a - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazôniaa2a - Estudo reforça ligação entre estradas e desmatamento na Amazônia

A relação entre a abertura de estradas e desmatamento na Amazônia brasileira é conhecida desde a abertura da BR-230, a Transamazônica, estrada inaugurada na década de 1970 e tida como um dos projetos mais polêmicos da Ditadura Militar. A rota, que corta na horizontal a floresta, tornou-se nas décadas seguintes caminho para a devastação de largas áreas até então intocadas (leia artigo em inglês a respeito). A conexão entre novas estradas cortando a floresta e devastação com fogo para abertura de pastos, e/ou extração de madeira não é novidade (clique aqui ou use os mapas que ilustram essa reportagem para navegar na base de dados sobre o tema no Infoamazonia).

Novo estudo recente, publicado no jornal de Conservação Biológica (Biological Conversation), confirma e reforça tal ligação, considerando novos caminhos para a derrubada da mata, com a multiplicação de estradas clandestinas na região. Cruzando imagens de satélite e dados do IBGE, os autores do estudo estimam que para cada quilômetro de estradas oficiais existem cerca de três quilômetros de estradas clandestinas. E apontam que 95% do desmatamento se dá a 5,5 km de estradas ou a 1 km de rios.

Intitulado “Estradas, desmatamento, e o efeito de mitigação de áreas protegidas” (tradução livre do títulooriginal em inglês: “Roads, deforestation, and the mitigating effect of protected areas”), o estudo aponta que as áreas de reservas e terras indígenas foram cruciais para conter o desmatamento, em especial onde estradas foram abertas. Mesmo nas estradas oficiais, um problema grave ligado à abertura de estradas na Amazônia é que ela é feita sem nenhum outro acompanhamento do estado, sem criação de bases para fiscalização e infraestrutura básica como escolas e postos de saúde.

O estudo é assinado por Carlos M. Souza Jr., do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Christopher P. Barber e Mark A. Cochrane, do Centro de Excelência em Ciências Geoespaciais da Universidade de Dakota do Sul, dos Estados Unidos, e William F. Laurance, do Centro de Meio Ambiente Tropical e Sustentabilidade da Universidade James Cook, da Austrália.

Clique aqui para ler o estudo (em inglês) ou veja abaixo duas imagens de satélite selecionadas pelo eco que mostram claramente a relação entre a abertura de estradas e o desmatamento na Amazônia brasileira (clique nas imagens para navegar pelos mapas).

Fonte: Oeco.org

 

This post was published on 14 de agosto de 2014

Notícias recentes

Um passo decisivo rumo ao Mosaico Norte do Pará

Povos tradicionais constroem, junto com organizações governamentais e civis, plano de trabalho para oficializar o…

23 de maio de 2025

Dia Mundial da Biodiversiade: confira 10 contribuições do Imazon para a temática na Amazônia

Instituto atua desde 1990 com produção científica voltada para a conservação e o desenvolvimento sustentável…

22 de maio de 2025

Pesquisador Beto Veríssimo será enviado especial da COP 30 para o setor de florestas

Presidência do evento escolheu 30 pessoas para o cargo, sendo 10 para regiões prioritárias e…

21 de maio de 2025

Curso “Minha Comunidade nas Redes” leva técnicas de comunicação para moradores de Juruti

Formação buscou fortalecer o protagonismo da população local na divulgação de seus territórios, saberes e…

20 de maio de 2025

Oficina fala sobre fluxos de atuação na área do desmatamento e queimadas para integrantes da região do Tapajós

Foi realizada nos dias 15 e 16 de maio, na sede das Promotorias de Justiça…

19 de maio de 2025

Desmatamento caiu em todos os biomas brasileiros em 2024

Amazônia foi o segundo bioma mais desmatado no ano passado, principalmente para agropecuária e garimpo…

15 de maio de 2025