Dados de ONG apontam queda no desmate na comparação com setembro. Cobertura de nuvens atrapalhou visualização de degradação por satélite.
Levantamento realizado pela organização ambiental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta que em outubro a floresta amazônica perdeu 102 km² de sua cobertura vegetal por conta do desmatamento, o equivalente a quase seis vezes o tamanho da ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
O índice é 33% menor se comparado a outubro do ano passado, quando imagens de satélite registraram a perda de 153 km² de área. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD).
Porém, o número é menor ao apontado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que divulgou nesta semana as informações do sistema de detecção do desmatamento em tempo real (Deter). De acordo com o levantamento, utilizado pelo Ministério do Meio Ambiente no combate a crimes ambientais no bioma, em outubro perdeu-se 385,6 km² de área de vegetação, número que é 52% superior à medição realizada em setembro.
Entretanto, vale ressaltar que os satélites utilizados pelo Inpe conseguiram visualizar 83% da Amazônia Legal no mês passado, enquanto que os equipamentos que transmitem informações ao Imazon verificaram apenas 51% da região. Segundo a organização, este fator dificultou o monitoramento principalmente no Amapá, Amazonas, Roraima e Pará.
Estados
Segundo o SAD, o Mato Grosso foi o principal responsável pelo desmatamento na Amazônia. No estado foram encontradas 33% das novas áreas detectadas sem cobertura vegetal em outubro. Rondônia vem logo atrás, com 26,5%, seguido do Pará, com 25 km².
Na lista das cidades que mais desmataram, no topo aparece o município de Colniza (MT), com 7 km² de desmatamento, seguido de Porto Velho (RO), com 6,5 km².
Fonte- Globo Natureza (02.12.2011)
This post was published on 28 de agosto de 2013
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