Atividade promove uso de tecnologia como aliada na proteção da floresta e na autonomia das comunidades
Durante 5 dias, moradoras e moradores do Assentamento Abril Vermelho, localizado no município de Santa Bárbara, no Pará, e colaboradores do Imazon participaram de um curso sobre o uso de drones, oferecido pelo instituto, financiado pela Fundação Bezos e realizado em parceria com o assentamento.
A iniciativa, que ocorreu neste mês de junho, tem como objetivo integrar as geotecnologias às atividades cotidianas do assentamento, contribuindo para fortalecer a gestão territorial e o monitoramento das áreas ocupadas pela comunidade.
“Esse curso vem com uma grande importância para a gente que está presente na agricultura, porque traz o uso da tecnologia para facilitar o nosso dia a dia no trabalho. Vai auxiliar a gente na hora de fazer nosso plantio de forma organizada e com maior custo-benefício. Além disso, é importante que a gente que vem do campo procure cada vez mais se especializar e estar à frente das tecnologias”, afirma André Messias, morador do assentamento Abril Vermelho.
A capacitação é voltada tanto para moradores do assentamento quanto para a equipe técnica do Imazon, promovendo uma troca de conhecimentos entre os participantes. Para os colaboradores e colaboradoras do instituto, o curso também representa uma oportunidade de aprimorar o uso da ferramenta em atividades de campo, como o mapeamento de áreas florestais, o monitoramento de uso do solo e o apoio a projetos de pesquisa e conservação.
“Estar ao lado da comunidade aprendendo juntos reforça a ideia de que ciência e saber local podem caminhar lado a lado. O uso do drone não é só uma ferramenta tecnológica, mas uma forma de ampliar a autonomia das populações da floresta e tornar nosso trabalho de pesquisa mais conectado com a realidade do território”, destaca Alexandre Cunha, pesquisador do Imazon.
Esse tipo de formação reforça a importância da tecnologia como aliada na proteção da Amazônia e na autonomia das comunidades locais. “O curso é de suma importância porque eu vou poder agregar aqui os conhecimentos adquiridos tanto na minha carreira profissional quanto no nosso lote agrícola. Ou seja, consigo levar esses conhecimentos para todas as áreas da minha vida”, relata a estudante Rebeca Reine, moradora do assentamento.
Ao final das atividades, que tiveram a carga horária de 40 horas, os participantes receberam certificados durante uma cerimônia de formatura realizada no assentamento. A parceria visa realizar outros treinamentos avançados em geotecnologias ainda este ano.
This post was published on 16 de junho de 2025
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