O desmatamento pode aumentar entre 122 mil hectares e 260 mil hectares nos países do Mercosul, sendo 55% desse total no Brasil, como consequência ambiental do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Pará, Rondônia e Mato Grosso seriam os Estados mais atingidos na Amazônia e o risco seria maior perto de terras indígenas e unidades de conservação. No cerrado, a maior pressão estaria concentrada na região conhecida por Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). As salvaguardas ambientais existentes no acordo não são suficientes para reduzir o risco de desmatamento.
A variação de risco de desmatamento nos países do Mercosul se deve a seis cenários examinados e que combinam critérios de nível de governança da terra, elasticidades comerciais (quando um mercado diminui o preço da carne, por exemplo, qual seria o impacto nas florestas) e cultivos múltiplos. O período é o compreendido nos primeiros três anos. “O pior cenário é o de baixa governança da terra, quando não se adotam cultivos múltiplos e há fatores de alta elasticidade, como o preço da carne ficar mais barato e o consumo aumentar”, explica o pesquisador do Imazon Paulo Barreto, autor do estudo.
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Clique aqui para ler o estudo “O acordo comercial entre UE-Mercosul é à prova de desmatamento?”
This post was published on 27 de novembro de 2020
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