O Brasil não deveria aceitar mudanças de governo que possam afetar a estabilidade da Amazônia. A afirmação foi feita nesta terça-feira (29) por Adalberto Veríssimo, cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), durante participação no Forum Valor Reconstrução Sustentável.
“A gente não deveria aceitar mudanças de governo que possam alterar uma macropolítica de estabilidade para a Amazônia, que eu acho que interessa fundamentalmente ao Brasil. A Amazônia não pode estar sujeita a oscilações de governos com matizes ideológicas que possam pôr em cheque a sua sobrevivência e, em grande parte, o próprio futuro do país”, disse Veríssimo.
Segundo ele, a Amazônia, atualmente, pode ser dividida em três grandes partes: a Amazônia desmatada; a Amazônia sob pressão, que vive a realidade da exploração de madeira e grilagem; e a Amazônia preservada, nas áreas mais ao norte.Ele destaca que a regularização fundiária só faz sentido na parte desmatada e na área sob pressão serviria apenas para “premiar o grileiro”.
Ele destaca que, hoje, no Brasil, a Amazônia tem 5 milhões de quilômetros quadrados, com 27 milhões de habitantes e representou, em 2017, 8,8% do PIB brasileiro, mas respondeu por 42% das emissões e gases de efeito estufa no país.
Originalmente postado em Valor Econômico.
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This post was published on 2 de outubro de 2020
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