Brasília – Levantamento feito pela organização não governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que em maio a Amazônia perdeu pelo menos 157 quilômetros quadrados (km²) de floresta. Em relação a maio de 2008, quando os satélites registraram 294 km² de desmate, houve redução de 47%, de acordo com os dados do relatório do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgado hoje (3).
O alerta oficial de desmatamento, calculado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontou 123 km² de floresta derrubados no mesmo período.
De acordo com o Imazon, o Pará foi o estado que mais desmatou em maio, com cerca de 58 km² (37% do total), seguido por Mato Grosso, com 42 km² (27%) e Roraima, com 31 km² a menos de florestas (20%). A concentração de nuvens sobre a região impediu a visualização de 43% da Amazônia Legal, de acordo com o relatório. Entre as áreas mais desmatadas no período estão trechos de floresta no entorno da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).
O levantamento do Imazon também classifica o desmatamento de acordo com a situação fundiária da área em que foi registrado. Em maio, 67% do desmate ocorreu em áreas privadas, devolutas (ocupadas irregularmente) ou em diversos estágios de posse, 17% em unidades de conservação, 15% assentamentos da reforma agrária e 1% em terras indígenas.
O desmatamento acumulado entre agosto de 2008 e maio de 2009 (dez primeiros meses do calendário anual do desmate) é de 1.072 quilômetros quadrados, 74% menor que o registrado no período anterior (agosto de 2007 a maio de 2008), segundo o Imazon.
Além do corte raso (desmatamento completo), o SAD também registra áreas de florestas degradadas –“que sofreram intensa exploração madeireira e/ou fogo de várias intensidades. Em maio, pelo menos 215 quilômetros quadrados da Amazônia sofreram degradação, a maioria (81%) em Mato Grosso.
This post was published on 1 de agosto de 2013
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