Nenhum país reduziu o desmatamento como o Brasil, diz Clinton

Em discurso na Conferência da Rede C40, reunião de prefeitos de todo o mundo que ocorre em São Paulo, ex-presidente dos EUA mencionou a diminuição de 70% de devastação no Brasil

SÃO PAULO – No momento em que o Congresso brasileiro discute o polêmico Código Florestal, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton elogiou a redução do volume de desmatamento da floresta amazônica. Em discurso na abertura da Conferência da Rede C40, reunião de prefeitos de todo o mundo que ocorre em São Paulo e trata de mudança climática, Clinton mencionou a diminuição de 70% de devastação no Brasil.

“Acho que ninguém conseguiu uma taxa tão forte”, disse, referindo-se, no entanto, a dados antigos: no fim de 2008 e início de 2009 o desmatamento na Amazônia Legal realmente chegou a cair a 70%, mas dados mais recentes, como os divulgados pelo Instituto Imazon em maio, mostram que a devastação voltou a crescer, com destaque para o Estado de Mato Grosso.

O ex-presidente norte-americano não deixou de citar a dependência da qualidade de vida do mundo em relação à Amazônia. “Há uma grande responsabilidade sobre o nosso futuro sustentável”, afirmou. Ele listou iniciativas americanas para reduzir a emissão de gases poluentes, mas admitiu que o que tem sido feito ainda é pouco. “O que a gente tem feito não é suficiente”, avaliou. Ele também elogiou a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, combustível considerado como mais limpo que o etanol de milho produzido nos EUA.

Clinton admitiu que construir uma economia sustentável “não é uma tarefa fácil” e é preciso aumentar os investimentos em projetos viáveis ecologicamente. “Precisamos pensar todos os dias em como fazer para aumentar essas políticas”, disse. O ex-presidente sugeriu que as grandes metrópoles procurem financiamentos, inclusive do Banco Mundial, para implementar tais propostas.

No fim do seu discurso, Clinton defendeu o fim dos aterros sanitários e afirmou que ações como essa podem garantir o futuro das próximas gerações. “Nossas crianças dependem disso”, afirmou.

Fonte – Agência Estado

This post was published on 2 de agosto de 2013

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