Um levantamento feito pelo Imazon nos últimos doze meses mostrou que o Pará encabeça o ranking dos estados com as Áreas de Proteção com o patrimônio ambiental mais ameaçado e pressionado por desmatadores. O estudo analisa os alertas de destruição da floresta detectados pelo sistema de monitoramento do Instituto entre agosto de 2019 e julho deste ano, período definido como calendário do desmatamento. Do total das ocorrências de desmatamento, 52% indicam Ameaça e 48% mostram Pressão em APs.
Ameaça – O estudo classifica ameaça como a medida do risco iminente de ocorrer desmatamento no interior de uma área protegida. É utilizada uma distância de 10 km para indicar a zona de vizinhança de uma AP, onde a ocorrência de desmatamento indica ameaça. As APs mais Ameaçadas foram a Resex Chico Mendes (AC) e a FES do Amapá (AP). O Pará apresenta metade das APs no ranking das 10 mais Ameaçadas na região: APA do Tapajós, APA do Tapajós, Flona do Tapajós, TI Parakanã e Flona do Jamanxim.
Pressão – Já o termo pressão é definido como a ocorrência do desmatamento no interior da área protegida, que pode levar à perdas ambientais e até mesmo redução ou redefinição de limites da AP. A APA Triunfo do Xingu (PA) e a APA do Tapajós (PA) ocupam o topo da lista das APs mais pressionadas. Mais uma vez, o Pará figura como o estado com as áreas mais atingidas pela pressão de desmatadores. Ao todo, seis das dez mais pressionadas ficam localizadas em território paraense.
Estudo – O relatório do índices de ameaça e pressão de desmatamento em Áreas Protegidas é divulgado trimestralmente pelo Imazon. O estudo analisa células de desmatamento produzido com base em dados de alertas do SAD, Sistema de Monitoramento desenvolvido pelo Instituto. São utilizados apenas os indicadores de desmatamento para determinar ameaça e pressão em uma unidade de conservação, entretanto, outros fatores também oferecem risco para a área, como extração madeireira, atividades de garimpo e hidrelétricas. Para ver o relatório completo, clique aqui.
Imazon – O Imazon é um instituto nacional de pesquisa, sem fins lucrativos, composto por pesquisadores brasileiros, fundado em Belém há anos. Através do sofisticado Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), a organização realiza, há mais de uma década, o trabalho de monitoramento e divulgação de dados sobre o desmatamento e degradação da Amazônia Legal, fornecendo mensalmente alertas independentes e transparentes para orientar mudanças de comportamento que resultem em reduções significativas da destruição das florestas em prol de um desenvolvimento sustentável.
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This post was published on 8 de setembro de 2020
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