Em 2009, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, juntamente aos estados e municípios, iniciou uma nova fase no processo de conservação e implantação de modelos de produção sustentável na Amazônia Legal. O mutirão combinou ações de regularização fundiária e combate à grilagem.
O programa pretende entregar títulos de terras a cerca de 300 mil posseiros que ocupam terras públicas federais não destinadas, ou seja, que não sejam reservas indígenas, florestas públicas, unidades de conservação, áreas de fronteira, marinha ou reservadas à administração militar.
Nesta quinta-feira (25), o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon, lança uma publicação “Primeiro ano do Programa Terra Legal: Avaliação e Recomendações”, que avalia o programa de regularização fundiária do governo federal. O estudo aponta um avanço no cadastramento de posses, mas indica também que muitos desafios precisam ser superados nas etapas de georreferenciamento, vistoria de imóveis e titulação.
Para chegar a esses resultados, a equipe coletou dados no site do Programa Terra Legal e do Ministério do Desenvolvimento Agrário; entrevistou, entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010, integrantes do governo federal ligados ao Terra Legal, de movimentos sociais e de sindicatos de trabalhadores rurais; e participou em audiências públicas do Terra Legal no Pará.
O estudo aponta sete recomendações para o avanço do programa na região. Segundo a pesquisadora Brenda Brito, co-autora do livro ao lado de Paulo Barreto, duas recomendações merecem destaque: a necessidade de divulgação das posses georreferenciadas antes da titulação, para que atores locais possam confirmar informações e indicar inconsistências; e a identificação de demandas de regularização de terras de povos indígenas e comunidades tradicionais. “É fundamental evitar sobreposição de titulações privadas a essas áreas de comunidades, pois possuem preferência legal para regularização de terras”, explica Brenda Brito.
Produtos sustentáveis – Outra publicação que o Imazon lança no mesmo dia é o guia “Boas Práticas de Manejo Florestal e Agroindustrial de Produtos Florestais Não Madeireiros”, uma obra produzida em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae.
O guia reúne um conjunto de procedimentos e técnicas que visam a garantir o uso sustentável de produtos da floresta, especificamente os derivados de seis espécies: açaí, andiroba, babaçu, castanha-do-brasil, copaíba e o cipó unha-de-gato. Cada uma delas ganhou um capítulo com informações sobre ocorrência, cadeia produtiva e o manejo, que inclui o processo deste a colheita até beneficiamento de cada produto.
A publicação é de autoria de Andréia Pinto, Carolina Gaia, Wanderléia de Oliveira e do pesquisador Paulo Amaral, que afirma o quão importante são as espécies escolhidas para serem abordadas no guia. “As espécies são as de maior importância na economia de produtos florestais não madeireiros da Amazônia, por sua presença e grande circulação no mercado da região e no dia-a-dia das comunidades”, explica Amaral.
Segundo o pesquisador, um total de 2000 exemplares foram impressos para serem distribuídos pelo Imazon e pelo Sebrae para o público-alvo do guia: pessoas que colhem, transportam, transformam, consomem e vendem esses produtos e subprodutos da floresta.
“Primeiro ano do Programa Terra Legal: Avaliação e Recomendações” e “Boas Práticas de Manejo Florestal e Agroindustrial de Produtos Florestais Não Madeireiros” estão disponíveis no site do Imazon para download gratuito: www.imazon.org.br
Serviço:Lançamento das publicações “Primeiro ano do Programa Terra Legal: Avaliação e Recomendações” e “Boas Práticas de Manejo Florestal e Agroindustrial de Produtos Florestais Não Madeireiros”
Data: 25/11/2010Local: Hangar – Centro de Convenções da AmazôniaHora: 18h40
O lançamento faz parte da programação cultural do IV Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável.
This post was published on 2 de agosto de 2013
Clique aqui para baixar os slides da oficina
Iniciativa do Observatório do Clima que leva ao público informações sobre mudanças climáticas de maneira…
Central da COP se junta à Federação Paraense de Futebol para levar informações sobre as…
Trabalhos falam sobre seca, queimadas e degradação e fortalecem a proteção da Amazônia Pesquisadoras e…
Período se refere aos primeiros oito meses do chamado “calendário do desmatamento”, que vai de…
Um dos objetivos da iniciativa é gerar renda de forma sustentável para as comunidades relacionadas…