Esta é uma das conclusões do estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Michigan e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon. Eles avaliaram se havia uma associação entre indicadores de gestão de 66 Unidades de Conservação (UCs) e o sucesso na prevenção do desmatamento nestas áreas.
As UCs sem conflitos fundiários foram aquelas com maior sucesso na prevenção contra o desmatamento. Por outro lado, diferenças de indicadores de gestão de UCs medidos pelo método RAPPAM (sigla em inglês do Levantamento Rápido e Priorização da Gestão de Áreas Protegidas) incluindo recursos financeiros e humanos, equipamentos e a existência de planos de manejo não resultaram em diferença significativa na prevenção do desmatamento.
Esse resultado enfatiza a necessidade do governo brasileiro de rapidamente solucionar os conflitos fundiários afim de assegurar a proteção de Unidades de Conservação. “O governo precisa agir o quanto antes”, frisa o co-autor do estudo e pesquisador sênior do Imazon, Paulo Barreto. “É necessário retirar ocupantes ilegais das Unidades de Conservação. Eventualmente, será necessário compensar ocupantes de áreas que têm direito legal para tal. O prolongamento das disputas tende a aumentar o desmatamento’ afirma Barreto.
O fato dos outros indicadores de gestão não terem sido associados à prevenção do desmatamento indica problemas em relação ao RAPPAM. Segundo Christoph Nolte, autor líder do estudo, pode-se chegar a duas conclusões. “Ou o RAPPAM não mede corretamente e portanto não avalia adequadamente os resultados do manejo, ou está medindo indicadores que não são tão importantes para o sucesso na conservação”, explica. Uma revisão criteriosa deste método é necessária para melhorar a avalição da gestão de Unidades de Conservação.
Em: 27/03/2013
This post was published on 5 de agosto de 2013
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