IPSAmazonia2014 - Desmatamento zero

O Imazon tem trabalhado pela redução do desmatamento na Amazônia desde a sua criação, em 1990, e já contribuiu de forma significativa para isso durante a sua história. Recentemente, o instituto também lançou uma plataforma inovadora que utiliza a inteligência artificial para prever as áreas sob maior risco de derrubada na região, a PrevisIA, que pode ser usada para evitar que a destruição aconteça.

Nos últimos 32 anos, diversas pesquisas científicas e projetos de campo do Imazon contribuíram para a proteção da floresta. Entre os primeiros destaques estão um estudo publicado em parceria com o Banco Mundial sobre a dinâmica do boom-colapso, em 2000, que serviu de referência para a elaboração de políticas públicas de combate ao desmatamento.

Em 2006, o Imazon também desenvolveu o primeiro sistema tropical  mensal de monitoramento do desmatamento e da degradação florestal a partir de imagens de satélite. Dois anos depois, em 2008, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto já estava em plena operação, marcando o início da série histórica de dados. E, em 2010, a organização firmou uma parceria com a Google para desenvolver o SAD na plataforma Earth Engine (EE), onde segue atualmente.

Também em 2006, o Imazon também firmou uma parceria inédita com o Ministério Público Federal (MPF) e os Ministérios Públicos Estaduais (MPEs) para monitorar a ocorrência de desmatamento ilegal sobre as áreas protegidas nos estados do Pará, Mato Grosso, Amapá e Roraima. Já em 2008, o instituto participou da criação do Projeto Municípios Verdes (PMV) em Paragominas, no Pará, que resultou em uma drástica redução do desmatamento e no aumento expressivo do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Em 2009, estudos do Imazon sobre a Lei de Crimes Ambientais contribuíram para o aperfeiçoamento das estratégias de combate ao desmatamento. Entre elas, mudanças para acelerar a doação de bens apreendidos e a disseminação da lista de imóveis embargados.

O instituto também apoiou a concepção e a implantação do Programa Municípios Verdes do Pará, em 2011, que reunia 105 cidades das 144 existentes no estado. Essa iniciativa abrangeu cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados e beneficiou uma população de mais de 5 milhões de pessoas. Com isso, o Imazon colaborou para que municípios paraenses deixassem a lista crítica de desmatamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Já na Conferência Rio+20, em 2012, a organização contribuiu tecnicamente para a proposta do Desmatamento Líquido Zero (DLZ) até 2020, anunciada pelo Governo do Pará.

Em 2013, o instituto participou da elaboração do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Brasil (Seeg), a primeira iniciativa desse tipo no hemisfério. O Imazon foi responsável pela atualização das estimativas de emissões do setor de mudança no uso da terra para todos os biomas do Brasil. Além disso, no mesmo ano, a organização teve um papel-chave na concepção e  no apoio à implementação da Lista de Desmatamento Ilegal (LDI) do Pará.

O instituto ainda foi parceiro da World Resources Institute (WRI) na construção da nova plataforma da Global Forest Watch (GFW), em 2014, uma ferramenta online de monitoramento e alerta de desmatamento que possibilitou, pela primeira vez, o acesso a imagens de satélite, mapas e crowdsourcing em tempo real das florestas do mundo. Em 2015, o Imazon foi protagonista na concepção e desenvolvimento da rede MapBiomas, que mapeia anualmente as mudanças no uso e cobertura da terra no Brasil, com uma série histórica que começa em 1985.

Já em 2021, a organização lançou a PrevisIA, plataforma revolucionária que utiliza inteligência artificial para indicar as áreas sob maior risco de desmatamento na Amazônia Legal. A ferramenta nasceu do desejo de deixar de olhar apenas para as áreas desmatadas e usar a tecnologia para evitar novas derrubadas.


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