A atividade madeireira e o desmatamento na Amazônia.

Título A atividade madeireira e o desmatamento na Amazônia
Autor Eugênio Y. Arima

Adalberto Veríssimo

Carlos Souza Jr.

Meio de publicação Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura
Cidade Brasília
Ano de publicação 1999
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Arima, E., Veríssimo, A., & Souza Jr., C. 1999. A atividade madeireira e o desmatamento na Amazônia. Relatório técnico nº 1270/98. Brasília: Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura.

Introdução

A  Amazônia Legal Brasileira (5 milhões de km²) é amplamente coberta por florestas (74%); cerrados e campos naturals ocupam cerca de 13% da região; enquanto as áreas desmatadas somam aproximadamente 13% da área originalmente em floresta (INPE, 1998). Dos 27 tipos de vegetação existentes na bacia, 19 são considerados florestals, incluindo as florestas ombrófilas densas e abertas, florestas deciduals e semi-deciduals e os ecótones (zonas de transição) entre as áreas florestadas e não-florestadas (Fearnside e Ferraz, 1995). Essas florestas possuem um imenso estoque de madeira de valor comercial potencial, estimado em 60 bilhões de metros cúbicos em tora (Uhl et al., 1990).

Na Amazónia Legal Brasileira (referida no resto desse trabalho como Amazónia) o crescimento da produção madeireira tem sido significativo. Em duas décadas a produção madeireira cresceu de 4,5 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, em 1976, para 28 milhões, em 1998, o que representa 80% da produção nacional de madeira oriunda de mata nativa (Veríssimo e Lima, inédito). Essa expressiva produção contribui para posicionar o Brasil como o maior produtor mundial de madeira tropical (Verissimo e Lima, inédito).

Há três causas principais para esse crescimento explosivo da exploração madeireira na Amazônia. Primeiro, as obras de infra-estrutura (estradas, pontes, rede de energia elétrica) realizadas pelo governo federal na região a partir dos anos 70 funcionaram como subsídio inicial para a indústria madeireira. Segundo, o esgotamento das florestas nativas no sul e sudeste do Pais e o crescimento da economia nacional criaram uma forte demanda por madeiras duras da Amazonia. Finalmente, a abundância do recurso florestal e a incipiente atuação dos órgãos ambientais do governo atraíram madeireiros para a região (Verissimo et al, 1992).

This post was published on 25 de maio de 1999

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