A conservação da Amazônia com base em desenvolvimento sustentável que seja capaz de gerar benefícios ambientais, sociais e econômicos, tem sido tema freqüente nos debates regionais, nacionais e internacionais. O número crescente de iniciativas locais para manejo florestal em base social reflete a importância das comunidades e suas organizações nesse debate. Atualmente existe um número crescente de organizações de base envolvidas com o manejo florestal e conservação dos recursos naturais na América Latina controlando cerca de 170 milhões de hectares. Na Amazônia brasileira, as iniciativas de manejo florestal comunitário ou em pequena escala têm se expandido rapidamente, atingindo uma área estimada em um milhão de hectares, beneficiando cerca de 5,5 mil famílias.
Este documento é parte dos resultados do Projeto “Aprendendo a construir modelos de assistência técnica para organizações de base na Amazônia brasileira e América Central”, financiado pela Fundação Ford e executado pelo Imazon em parceria com o Cifor. Esse projeto teve como objetivo central estudar as diferentes formas de assistências técnicas praticadas por organizações de apoio ao Manejo Florestal Comunitário (MFC), e que submetem as organizações de base em que as iniciativas de MFC se submetem. Procurou- se avaliar os resultados desses processos locais e quais os impactos são gerados, além de identificar
lições e conclusões que poderão ser utilizadas no desenvolvimento de outras iniciativas na região.
Uma importante experiência de MFC desenvolvida por comunidades locais é Projeto de Manejo Comunitário da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Mamirauá. Essa iniciativa certamente apresenta ingredientes importantes de um processo local para conservação e uso dos recursos naturais. Um dos grandes desafios têm sido a conservação e controle de uma área tão extensa (1,1 milhão de hectare), protegida com uma unidade de conservação (SDS). Um segundo desafio tem sido criar alternativas viáveis para que as comunidades locais possam exercer suas praticas produtivas em harmonia com a conservação ambiental. Desta forma, O Mamirauá apresenta vários elementos de aprendizagem que podem ser úteis na construção de alternativas de modelos de organização e produção coletiva, tais como; (i) organização dos produtores para a produção, (ii) organização de apoio, ONG’s e Governo com papeis bem definidos (iii) planejamento a curto e longo prazo para a assistência técnica. Analisando os processos vivenciados em Mamirauá, procura- se responder a pergunta central desse estudo que é como gerar modelos de assistência técnica que possam fortalecer a capacidade local de execução de manejo nos âmbitos gerencial, técnico, organizativo e político.
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http://www.cifor.org/publications/pdf_files/Books/BCronkleton0802.pdf
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This post was published on 5 de junho de 2007
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