Título | Avanços do sensoriamento remoto para o monitoramento da exploração madeireira na Amazônia. |
Autores | Carlos Moreira de Souza Júnior |
Ano de publicação | 2007 |
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Souza Jr., C. (2007). Avanços do sensoriamento remoto para o monitoramento da exploração madeireira na Amazônia. Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (pp. 6987-6994). Florianópolis: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O desmatamento e seus impactos associados não são as únicas ameaças à integridade das florestas da Amazônia. A partir da década de 1990 extensas áreas de floresta têm sido anualmente empobrecidas pela degradação causada pela atividade madeireira (Nepstad et al., 1999), queimadas (Cochrane et al., 1999) e fragmentação (Laurance et al., 2000). Ao contrário do desmatamento que remove por completo a floresta, a degradação florestal afeta parcialmente a sua estrutura e a composição. A atividade madeireira é uma das principais causas da degradação florestal levando à redução dos estoques de biomassa e de espécies de valor comercial (Cochrane e Schulze, 1999; Gerwing e Farias, 2000), condições favoráveis para o desenvolvimento de cipós (Vidal et al., 1997) e a um ambiente propício às queimadas (Holdsworth e Uhl, 1997), além de aumentar o risco de extinção local de espécies nativas (Martini et al., 1994). A exploração madeireira se praticada com técnicas de manejo florestal pode ser uma grande aliada no combate ao desmatamento. A atividade também contribui fortemente com a geração de empregos e renda. Mais de 3.000 empresas madeireiras estão operando na Amazônia, concentradas em 82 pólos de produção madeireira. Os pólos são regiões que produzem mais de 100 mil metros cúbicos por ano (Lentini et al., 2005).
As primeiras estimativas da área afetada pela atividade madeireira foram feitas a partir de dados de volume de madeira explorada obtidos em levantamentos sócio-econômicos (Nepstad et al., 1999). Uma área de 10 a 15 mil quilômetros quadrados de florestas foi estimada para o ano de 1996. As primeiras estimativas obtidas com imagens Landsat divergiram fortemente entre si e entre as estimativas geradas a partir dos dados de volume de madeira explorada. Por exemplo, Santos et al. (2001) estimaram, usando imagens Landsat, que a área afetada pela atividade madeireira na Amazônia em 1992 e 1996 foi de 1.000 quilômetros quadrados e de 1.571 quilômetros quadrados, respectivamente. Matricardi et al. (2001) obtiveram estimativas significativamente diferentes para estes anos: 5.627 quilômetros quadrados para 1992 e 9.449 quilômetros quadrados para 1996. Recentemente, Asner et al., (2005) chegaram a áreas que variaram de 12 a 20 mil quilômetros quadrados por ano, para o período de 1999 a 2002. As diferenças nas estimativas obtidas com imagens Landsat da área afetada pela atividade madeireira estão associadas às diferentes metodologias, escalas e freqüência temporal utilizadas no mapeamento. Esses métodos também diferem em termos dos seus objetivos de mapeamento, ou seja, não foram desenhados para detectar e mapear as mesmas feições da exploração madeireira. Além das metodologias aplicadas nos estudos acima, outros métodos foram recentemente desenvolvidos e validados em áreas menores na Amazônia, utilizando imagens Landsat e outros tipos de sensores (SPOT, IKONOS). Neste artigo, são apresentados os avanços do sensoriamento remoto para o monitoramento
da exploração madeireira na Amazônia. Os objetivos específicos do estudo são: i) revisar os métodos existentes para a detecção e mapeamento dos impactos da exploração madeireira na Amazônia; ii) comparar as vantagens e desvantagens desses métodos; e iii) discutir o potencial dos diferentes sensores para o monitoramento da exploração madeireira.
This post was published on 13 de julho de 2007
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