Neste boletim Transparência Manejo Florestal de Mato Grosso avaliamos a situação da exploração madeireira no Estado entre agosto de 2011 e julho de 2012. Para isso utilizamos informações dos sistemas de controle da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso): Simlam (Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental) e Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais). Essas informações também foram cruzadas com aquelas geradas pelo Simex (Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira), desenvolvido pelo Imazon (Quadro 1).
De acordo com o Simlam, a produção florestal no Estado de Mato Grosso em 2012 foi aproximadamente 6,9 milhões de metros cúbicos, 100% provenientes de floresta nativa.
A análise das imagens de satélite revelou que aproximadamente 197.748 hectares de florestas foram explorados entre agosto de 2011 e julho de 2012. Desse total, 106.663 hectares (54%) não foram autorizados pela Sema e 91.085 hectares (46%) tinham autorização. Do total não autorizado, a maioria (96,4%) ocorreu em áreas privadas, devolutas ou sob disputa; outros 3,4% em Áreas Protegidas; e 0,2% em assentamentos de reforma agrária. Quando comparamos os resultados desta análise ao período anterior (agosto de 2010 a julho de 2011), observamos um aumento de 23% (17.132 hectares) na exploração autorizada e de 63% (41.209 hectares) na exploração não autorizada.
Para os planos de manejo autorizados pela Sema em 2012, verificamos a consistência das Autex (Autorização de Exploração Florestal) com os respectivos créditos de madeira e verificamos que 100% estavam regulares. Ao compararmos a proporção de Autex inconsistentes entre 2011 e 2012, observamos uma redução total nos casos de área autorizada em área desmatada e de crédito comercializado maior que o autorizado.
Além disso, nas áreas exploradas com autorização, avaliamos a qualidade da exploração florestal entre os dois períodos analisados usando imagens de satélite. Verificamos que a área com exploração de boa qualidade aumentou de 2,4 mil hectares para 10 mil hectares; a exploração com qualidade intermediária reduziu de 37,8 mil hectares para 34,9 mil hectares; e a exploração de baixa qualidade aumentou de 33,6 mil hectares para 46 mil hectares.
Por último, verificamos nas imagens de satélite que em 99% das áreas de manejo florestal avaliadas entre agosto de 2007 e julho de 2012 a floresta foi mantida, enquanto em apenas 1% houve desmatamento.
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This post was published on 11 de março de 2014
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