Avaliamos a situação da exploração madeireira no Estado do Pará entre agosto de 2011 e julho 2012. Para isso, verificamos a regularidade das informações sobre os planos de manejo nas Autefs (Autorizações para Exploração Florestal) bem como entre as Autefs e os créditos de madeira da exploração autorizada emitidos pela Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará). O resultado dessa análise mostrou que a grande maioria (87%) das Autefs estava regular, enquanto apenas 13% apresentaram inconsistências (manejo autorizado em área explorada e área autorizada maior que área do manejo).
Também estimamos a área explorada de forma legal (autorizada) e ilegal (não autorizada) usando imagens NDFI originadas de imagens de satélite Resourcesat. De um total de 157.239 hectares de florestas exploradas pela atividade madeireira no período (Agosto 2011-Julho 2012), a grande maioria (78%) não foi autorizada pela Sema, enquanto 22% (34.902 hectares) foram autorizados.
Considerando as florestas afetadas pela exploração ilegal de madeira, a maioria (67%) situava-se em áreas privadas, devolutas ou sob disputa; outros 25% em assentamentos de reforma agrária; e 8% em Áreas Protegidas. Em relação ao período anterior (Agosto 2010-Julho 2011), houve aumento substancial de 151% (73.535 hectares) na exploração madeireira não autorizada.
Finalmente, avaliamos a qualidade da execução do manejo florestal no Pará comparando dois períodos: i) agosto de 2010 a julho de 2011; e ii) agosto de 2011 a julho de 2012. Observamos que a exploração de qualidade boa reduziu de 5.966 hectares para 2.966 hectares (-50%) entre os períodos. Enquanto que a exploração de qualidade intermediária aumentou de 37.617 hectares para 48.832 hectares (30%) e a de qualidade baixa aumentou de 17.217 hectares para 26.361 hectares (53%).
Para a avaliação geral da situação da exploração madeireira no Pará, utilizamos informações dos sistemas de controle da Sema – Simlam (Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental) e Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) -, as quais foram sobrepostas àquelas geradas pelo Simex (Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira), desenvolvido pelo Imazon.
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This post was published on 20 de novembro de 2013
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