Diederichsen, A., Gatti, G., Nunes, S. & Pinto, A. 2017. Diagnóstico dos fatores chaves de sucesso para a restauração da paisagem florestal: Município de Paragominas e Estado do Pará. Componente da Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM) (p. 112). Belém: Imazon.
Como parte de um esforço global para ampliar a escala da restauração, a Conserve Brasil e o Imazon aplicaram pela primeira vez na Amazônia o “diagnóstico dos fatores chave de sucesso para a restauração da paisagem florestal”, que é um dos principais componentes da Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM), criada por WRI e IUCN para orientar tomadores de decisão, especialistas e implementadores de ações de restauração da paisagem florestal. O diagnóstico contemplou três grandes temas (motivar, facilitar e implementar), subdivididos em 31 fatores chave. Foi realizado de forma aprofundada no município de Paragominas e de maneira simplificada no Estado do Pará. Para a elaboração das estratégias foram utilizados os padrões abertos para a prática da conservação desenvolvidos pela Aliança para as Medidas de Conservação, alinhadas com o Planaveg.
Fatores chave ausentes
Os fatores chave ausentes comuns às duas regiões estão relacionados principalmente às condições de mercado, incentivos econômicos e extensão rural, a saber:
No Pará, além dos quatro fatores ausentes acima, outros quatro foram identificados, relacionados à ineficiência da aplicação da legislação, indisponibilidade de sementes e mudas, falta de preparo da comunidade local e indefinição de papéis e responsabilidades relacionados à restauração. Os resultados encontrados tanto para Paragominas quanto para o Pará, já eram esperados, pois, assim como ocorre na Amazônia como um todo, são regiões que têm concentrado seus esforços para reduzir o desmatamento. A restauração ainda é uma iniciativa nova, incipiente, com projetos isolados e de pequena escala e, portanto, apresenta mais fatores ausentes das fases mais avançadas do processo (criação das condições necessárias e implementação).
Estratégias para dar escala à restauração
Para Paragominas, foram elaboradas quatro estratégias específicas para que o cenário esteja propício e apresente as condições favoráveis necessárias para a restauração.
Para que estas estratégias tenham sucesso, é necessário que estejam articuladas às políticas públicas e iniciativas governamentais que possam dar escala às ações de restauração, como: Programa Pará 2030, Estratégia do Desmatamento Líquido Zero, criação de uma política de mudanças climáticas e de pagamento por serviços ambientais. Além disso, como uma forma de contribuir oficialmente com a agenda nacional de mudanças climáticas é recomendado que o estado se comprometa com uma meta de restauração, assim como os Estados de São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, e realize um planejamento estratégico em larga escala para alcançar esta meta.
Baixe aqui o arquivo.
Visualize aqui a versão online da publicação.
This post was published on 2 de maio de 2017
Título Índice de Progresso Social Brasil 2025 Autores Melissa Wilm Daniel Santos Beto Veríssimo Marcelo…
Amorim, L., Ferreira, R., Dias, M., Souza Jr., C., & Veríssimo, A. Sistema de Alerta…
Título Relatório Anual do Desmatamento no Brasil - RAD2024 Autores Carolina Del Lama Julia Shimbo…
Título Fatos da Amazônia 2025 Autores Daniel Santos Manuele Lima Agatha Vilhena Beto Veríssimo Caíque…
Amorim, L., Ferreira, R., Dias, M., Souza Jr., C., & Veríssimo, A. Sistema de Alerta…
Título A Vocação da Restauração Florestal na Amazônia com Base na Vegetação Secundária Autores Jayne…