A densidade de regeneração de plântulas de mogno (Swietenia macrophylla), uma espécie não pioneira, mas demandante de luz, após exploração madeireira é geralmente reportada como de baixa a não-existente. Para investigar fatores que podem limitar a densidade de plântulas após exploração madeireira, quantificou-se as taxas de producão de sementes, a germinabilidade, os padrões de dispersão e o destino das sementes no chão florestal desde a germinação e no primeiro per´ýodo de crescimento das plântulas no sudeste do Pará, Brasil. Foram verificadas taxas baixas de produção de frutos em três populações exploradas e em uma população não explorada comparado com produção de populações em outras regiões. Em Marajoara, uma área explorada, observou-se que as árvores com tamanho comercial (com diâmetros >60 cm) eram mais fecundas que aquelas com tamanho não comercial (com diâmetros de 30–60 cm), produzindo uma média de 14.5 vs. 3.9 frutos/ano/árvore respectivamente durante oito anos de observacção. Através de inspeção visual, verificou-se que 70 por cento das 60,3 sementes/fruto eram aparentemente viáveis. Destas, 67 a 72 por cento germinaram nos viveiros, 2.5 meses após o período de dispersão, quando começou a estação de chuvas. Os ventos da estação seca levaram a maioria das sementes na direção oeste-noroeste das árvores mães, com distâncias medianas de 9 e 28 metros nos lados leste e oeste respectivamente. Aproximadamente 100 por cento das sementes caíram dentro de uma área de 0.91 hectares. No chão florestal, embaixo do dossel fechado, mamais, invertebrados e patógenos fúngicos mataram 40 por cento das sementes aparentemente viáveis enquanto 36 por cento germinaram. Nove meses após o estabelecimento das plântulas—no meio da primeira estação de exploração após a dispersão das sementes—14 por cento das sementes transplantadas sobreviveram como plântulas. Concluiu-se que as plântulas são mais prováveis de sobreviver nas clareiras de exploração em densidades consideráveis somente em casos raros onde as taxas de produção de frutos do ano anterior foram altas (4% a 12.5% de árvores/ano em Marajoara) e onde as copas das árvores foram derrubadas na direção oeste ou noroeste.
This post was published on 5 de junho de 2006
Amorim, L., Santos, B., Ferreira, R., Ribeiro, J., Dias, M., Souza Jr., C., & Veríssimo,…
Amorim, L., Santos, B., Ferreira, R., Ribeiro, J., Dias, M., Souza Jr., C., & Veríssimo,…
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto O Mundo Que Queremos e…
Letter from the Executive Board Hope. This was the feeling that overflowed through the veins…
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto O Mundo Que Queremos e…
Junior, Luis Oliveira; Filho, Jailson S. de Souza; Ferreira, Bruno Gama; Souza Jr, Carlos. https://isprs-archives.copernicus.org/articles/XLVIII-3-2024/371/2024/.…