A Amazônia é conhecida internacionalmente pela sua imensa floresta, biodiversidade e recursos naturais. Essa riqueza vem sendo utilizada de forma predatória e ao mesmo tempo persistem na região problemas sociais graves e faltam oportunidades para a população. De fato, a Amazônia brasileira tem apresentado indicadores sociais inferiores às outras regiões do Brasil. Até recentemente, o desempenho social da Amazônia era avaliado somente por índices que sofrem forte influência da economia. Com a criação do Índice de Progresso Social (IPS) em 2013, tornou-se possível avaliar o progresso social da região considerando exclusivamente indicadores sociais e ambientais.
O IPS foi originalmente proposto para a escala global. No entanto, diversas iniciativas nacionais e subnacionais estão surgindo. Uma delas (IPS Amazônia), promovida pela rede #Progresso Social Brasil, é liderada pelo Imazon em parceria com a SPI na Amazônia Legal. O IPS Amazônia busca responder as mesmas perguntas do IPS Global e tem o mesmo método estatístico. No entanto, alguns dos indicadores utilizados são diferentes a fim de refletir a realidade social e ambiental da região. Para calcular o IPS Amazônia foram utilizados 43 indicadores recentes e de fontes confiáveis. Esses indicadores estão agrupados em três dimensões e doze componentes. O índice varia de zero (pior) a 100 (melhor).
O IPS Amazônia representa o diagnóstico mais detalhado do progresso social e ambiental de 772 municípios da região e dos seus nove estados. Além do relatório com os principais resultados do IPS Amazônia, está sendo lançado o website www.ipsamazonia.org.br, onde estão apresentados os resultados municipais desagregados. O IPS médio da Amazônia (57,31) é inferior à média nacional (67,73). Comparada com o restante do Brasil, a região apresenta resultados inferiores para todas as dimensões e quase todos os componentes do IPS. A Dimensão 1 do IPS (Necessidades Humana Básicas) apresentou um índice de apenas 58,75 – abaixo da média nacional de 71,60. Por sua vez, a segunda Dimensão (Fundamentos para o Bem-estar) obteve o melhor resultado (64,84), mesmo assim, o valor está abaixo da média nacional (70,42). Por outro lado, o melhor resultado foi alcançado pelo componente Sustentabilidade dos ecossistemas (74,85) devido principalmente à queda recente no desmatamento e também a maior proporção de Áreas Protegidas (Terras Indígenas e Unidades Conservação) existentes na região. Por fim, a Dimensão 3 (Oportunidades) teve o pior desempenho da região, com um índice de apenas 48,33.
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This post was published on 23 de agosto de 2014
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