Do micro ao macro, a Amazônia é grandiosa. Ela abriga a maior biodiversidade da Terra. Suas plantas contêm substâncias empregadas no combate a doenças, como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa), usada contra processos inflamatórios Também são utilizadas na cosmetologia, como o bálsamo de copaíba, um fixador de odores 2. Além disso, a Amazônia fornece inúmeros outros serviços ambientais. Atua na formação das chuvas do país, que auxiliam diretamente a agricultura e a hidrelétrica. Ajuda a regular o clima de toda a América do Sul, barrando extremos climáticos como a formação de furacões. Ela estoca carbono, o que mitiga diretamente o aquecimento global. Ela também tem uma riqueza cultural com 343 mil indígenas 3, sendo a casa da maior parte das tribos brasileiras, e fornece recursos para comunidades locais. Toda essa diversidade atrai os turistas.
A natureza é a segunda maior motivação para os turistas estrangeiros virem ao Brasil, segundo o Ministério do Turismo. Essa grandiosidade precisa ser bem cuidada. O imenso patrimônio natural do Brasil rende benefícios para o país se administrado de forma saudável. Uma das estratégias para organizar o uso sustentável da região passa pela criação e administração de uma rede de Unidades de Conservação (UCs). Elas têm várias finalidades. Algumas prevêem o uso restrito para preservar os serviços naturais. Outras permitem a extração sustentável de madeira. Possuem em comum o objetivo de evitar que a região seja depredada e garantir que ela possa beneficiar as pessoas hoje e sempre. No entanto, as Unidades de Conservação estão sob ataque. Alguns pecuaristas, garimpeiros, madeireiros e especuladores de terra, seja por desinformação, seja por ganância, invadem e depredam essas áreas – que são patrimônio público – em benefício próprio. Uma das principais conclusões do estudo é que o desmatamento continua alto dentro das Unidades de Conservação.
Em 2017, a taxa foi o dobro do que ocorreu em 2012, a menor taxa no período avaliado. Outra tendência preocupante é uma aparente perda na capacidade de proteção. A participação do desmatamento nas Unidades de Conservação em relação ao total da Amazônia quase dobrou em dez anos. Passou de 7%, em 2008, para 13%, em 2017. Dados divulgados em novembro de 2018 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais revelaram que desmatamento na região voltou a crescer entre 2017 e 2018, atingindo o maior patamar dos últimos 10 anos. A boa notícia é que a sociedade está vigilante. Ela está cada vez mais consciente de que a apropriação indevida de áreas públicas da Amazônia é prejuízo para todos. E deseja saber mais a respeito.
Este relatório reúne algumas das informações mais recentes produzidas pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia sobre o tema. É uma contribuição para que a sociedade monitore e compreenda melhor a saúde da maior floresta tropical do mundo, que pertence a todos nós.
Veja aqui o dossiê
Read here the executive summary
This post was published on 11 de dezembro de 2018
Letter from the Executive Board Hope. This was the feeling that overflowed through the veins…
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto O Mundo Que Queremos e…
Junior, Luis Oliveira; Filho, Jailson S. de Souza; Ferreira, Bruno Gama; Souza Jr, Carlos. https://isprs-archives.copernicus.org/articles/XLVIII-3-2024/371/2024/.…
Wang, Zhihao; Li, Zhili; Xie, Yiqun; Souza Jr, Carlos; Pinheiro, Stefany. https://isprs-archives.copernicus.org/articles/XLVIII-3-2024/583/2024/ Abstract Forests play…
Filho, Jailson S. de Souza; Damasceno, Camila; Cardoso, Dalton R. Ruy Secco; Souza Jr, Carlos. https://isprs-archives.copernicus.org/articles/XLVIII-3-2024/121/2024/…
Carta da Diretoria Esperança. Esse foi o sentimento que transbordou pelas veias dos amazônidas em…