Pereira, J., Mesquita, J. 2018. Plano de Uso Público da Floresta Estadual de Faro (p. 92). Belém: Imazon.
Florestas Estaduais (Flotas) são uma categoria de Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável cujo objetivo é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos, conciliado à presença humana. São importantes para assegurar o direito e a melhoria da qualidade de vida de povos e comunidades tradicionais que vivem ou dependem dos recursos naturais dessas áreas. Dessa maneira, nas Flotas só são permitidas atividades como turismo, pesquisa científica etc., que envolvem coleta e uso dos recursos naturais, desde que sejam mantidos os recursos ambientais renováveis e os processos ecológicos.
A Flota de Faro foi criada em 2006, com uma área de 613 mil hectares e aproximadamente 5 mil quilômetros de extensão de igarapés, lagos e praias de água doce, distribuídos nos municípios paraenses de Oriximiná e Faro. Às margens de seu rio principal, o Nhamundá – cenário da lenda das Amazonas, vistas por Francisco Orellana em sua expedição pela região em 1542 (Pará, 2011; Veríssimo e Pereira, 2014) –, habitam as comunidades ribeirinhas Português e Monte Sião, que utilizam a Flota de forma sustentável. A beleza cênica, sua história e a riqueza de recursos naturais, associados ao apelo social e ambiental da região, poderão favorecer a demanda turística na Flota de Faro. Pensando no potencial da Flota, o Ideflor-Bio e o Programa Territórios Sustentáveis uniram esforços para elaborar o Plano de Uso Público (PUP) da Flota de Faro, que é parte do Programa de Uso Público, previsto nas ações estratégicas do Plano de Manejo da UC. O PUP é um documento oficial que tem como finalidade o ordenamento e a orientação das diferentes formas de uso público dentro da Flota, bem como a promoção do conhecimento acerca da importância dessa UC, que compõe o bloco de Áreas Protegidas da Calha Norte Paraense.
O PUP foi elaborado de forma participativa, com foco na área de uso das comunidades Português e Monte Sião, em seis etapas: i) inventário dos atrativos; ii) levantamento de atividades turísticas economicamente viáveis; iii) elaboração de estratégias de visitação; iv) fomento a atividades sustentáveis para o turismo responsável e mais sensível; v) envolvimento da comunidade, empresários, órgãos públicos estaduais, federais, municipais e outros parceiros para a implementação; e vi) planejamento das atividades e orçamento a curto, médio e longo prazo. Para isso, foram realizadas visitas de reconhecimento dos atrativos turísticos, oficinas comunitárias para definição do grupo de interessados, identificação de infraestruturas necessárias e levantamento de formações/capacitações para a implementação da atividade turística na Flota.
O Plano está dividido em quatro sessões: i) diagnóstico socioeconômico, ambiental e potencial de visitação na Flota de Faro; ii) propostas de atrativos e roteiros de visitação; iii) regras de uso; e iv) cronograma físico-financeiro das atividades a serem desenvolvidas no curto, médio e longo prazo. Ressalta-se que este PUP é uma ferramenta de gestão, podendo ser adaptado e complementado conforme as necessidades.
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This post was published on 2 de agosto de 2018
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