A Floresta Estadual do Trombetas, situada no município de Oriximiná (Pará), é morada de comunidades indígenas e quilombolas que têm com os rios da região uma relação ancestral. Kaxuyanas e Waiwais vivem no local  desde os tempos em que o Brasil não se conhecia por este nome. Com os novos ocupantes do território veio também a  obrigatoriedade da religião, e com ela, o missionarismo. O povo Kaxuyana foi levado por missionários franciscanos para a área da Missão Tiryós, no Parque do Tumucumaque, e retorna ao Trombetas trinta anos depois.

Para os negros, as cachoeiras do rio Trombetas são um marco de refúgio há mais de um século. Além da religião, a colônia trouxe a escravidão e os escravizadores. E era a partir deste ponto do Trombetas que os senhores de escravos desistiam de suas expedições em busca de fugitivos. Os perigos e espinhos das cachoeiras formavam a porteira dos quilombos. A partir dali, só sobem negros. Ou índios.

O documentário A Porteira do Rio Trombetas é um registro da história oral dos moradores de Unidades de Conservação. Em primeira pessoa, índios e quilombolas, de Kwanamary, Santidade, Alto Trombetas, e Cachoeira Porteira, descrevem o passado e discutem o futuro dos povos que vivem floresta a dentro no maior corredor de biodiversidade do mundo.

 

Ficha Técnica

Entrevistas: Fernando Segtowick

Imagens: Pedro Afonso Sena

Decoupagem: Iara Souza Vicente

Edição: Michel Nôvo

Comunidades: Alto Trombetas, Cachoeira Porteira, Kwanamary e Santidade.

Realização: Imazon

Apoio: Fundo Vale


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