Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (julho de 2015) SAD

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Resumo

Em julho de 2015, o SAD detectou 542 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal com uma cobertura de nuvens de 13% do território. Isso representou um aumento de 53% em relação a julho de 2014, quando o desmatamento somou 355 quilômetros quadrados e a cobertura de nuvens foi de 10%.

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a julho de 2015, correspondendo aos doze meses do calendário atual de desmatamento, totalizou 3.322 quilômetros quadrados. Houve aumento do desmatamento acumulado de 63% em relação ao período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014), quando o desmatamento somou 2.044 quilômetros quadrados.

Em julho de 2015, a maioria (27%) do desmatamento ocorreu no Amazonas, seguido por Rondônia (22%), Mato Grosso (17%), Pará (17%), Acre (10%) e Roraima (7%).

As florestas degradadas somaram 240 quilômetros quadrados em julho de 2015. Em relação a julho de 2014 houve aumento de 147% quando a degradação florestal somou 97 quilômetros quadrados. A grande maioria (85%) ocorreu Mato Grosso, seguido pelo Pará (9%), Roraima (4%), Amazonas (1%) e Rondônia (1%).

A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2014 a julho de 2015 totalizou 2.186 quilômetros quadrados. Em relação ao período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014) houve aumento de 207% quando a degradação florestal somou 711 quilômetros quadrados.

Estatísticas do Desmatamento

De acordo com o SAD, o desmatamento (supressão total da floresta para outros usos alternativos do solo) atingiu 542 quilômetros quadrados em julho de 2015 (Figura 1 e Figura 2).

Figura 1 300x142 - Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (julho de 2015) SADFigura 1 300x142 - Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (julho de 2015) SAD

Figura 1. Desmatamento de agosto de 2013 a julho de 2015 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/SAD).

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Figura 2.  Desmatamento e Degradação Florestal na Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon/ SAD).

Em julho de 2015, a maioria (27%) do desmatamento ocorreu no Amazonas, seguido por Rondônia (22%), Mato Grosso (17%), Pará (17%), Acre (10%) e Roraima (7%) (Figura 3).

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a julho de 2015, correspondendo aos doze primeiros meses do calendário de medição do desmatamento, atingiu 3.322 quilômetros quadrados. Houve aumento de 63% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014) quando atingiu 2.044 quilômetros quadrados.

Figura 3. Percentual do desmatamento nos Estados da Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

Considerando os doze primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2014 a julho de 2015), o Mato Grosso lidera o ranking com 31% do total desmatado no período. Em seguida aparece Pará (22%) e Rondônia (21%). Em termos relativos, houve aumento expressivo de 165% em Rondônia e 152% em Mato Grosso. Por outro lado, houve redução no Tocantins (86%) e Pará (14%).

Em termos absolutos, o Mato Grosso lidera o ranking do desmatamento acumulado com 1.036 quilômetros quadrados, seguido pelo Pará (732 quilômetros quadrados) e Rondônia (704 quilômetros quadrados) (Tabela 1).

Tabela 1. Evolução do desmatamento entre os Estados da Amazônia Legal de agosto de 2013 a julho de 2014 e agosto de 2014 a julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

*Os dados do Maranhão não foram analisados.

Degradação Florestal

Em julho de 2015, o SAD registrou 240 quilômetros quadrados de florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas) (Figuras 2 e 4). Desse total, grande maioria (85%) ocorreu Mato Grosso, seguido pelo Pará (9%), Roraima (4%), Amazonas (1%) e Rondônia (1%).

Figura 4. Degradação Florestal de agosto de 2013 a julho de 2015 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/SAD).

Tabela 2. Evolução da degradação florestal entre os Estados da Amazônia Legal de agosto de 2013 a julho de 2014 e agosto de 2014 a julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

*Os dados do Maranhão não foram analisados.

Geografia do Desmatamento

Em julho de 2015, a maioria (58%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos de Reforma Agrária (22%), Terras Indígenas (1%) e Unidades de Conservação (19%) (Tabela 3).

Tabela 3. Desmatamento por categoria fundiária em julho de 2015 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/ SAD).

Assentamentos de Reforma Agrária

O SAD registrou 120 quilômetros quadrados de desmatamento nos Assentamentos de Reforma Agrária em julho de 2015 (Figura 5). Os Assentamentos mais afetados pelo desmatamento foram PDS Liberdade (Pacajá; Pará), PA Rio Juma (Apuí; Amazonas) e PAF Curuquetê (Lábrea; Amazonas).

Figura 5. Assentamentos de Reforma Agrária mais desmatados na Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

Áreas Protegidas

No mês de julho de 2015, o SAD detectou 103 quilômetros quadrados de desmatamento em Unidades de Conservação (Figura 6). No caso das Terras Indígenas, em julho de 2015 foram detectados 3 quilômetros quadrados de desmatamento (Figura 7).

Figura 6. Unidades de Conservação mais desmatadas na Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

 

Figura 7. Terras Indígenas mais desmatadas na Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

Municípios Críticos

Em julho de 2015, os municípios mais desmatados foram: Lábrea (Amazonas) e Altamira (Pará) (Figura 8 e 9).

 

Figura 8. Municípios mais desmatados na Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon /SAD).

Figura 9. Municípios com maiores áreas desmatadas na Amazônia Legal em julho de 2015 (Fonte: Imazon/SAD).

Cobertura de Nuvem e Sombra

Em julho de 2015, foi possível monitorar com o SAD 87% da área florestal na Amazônia Legal. Os outros 13% do território florestal estavam cobertos por nuvens, o que dificultou a detecção do desmatamento e da degradação florestal.  Os Estados com maior cobertura de nuvem foram Amapá (59%), Roraima (41%) e Pará (18%). Em virtude disso, os dados de desmatamento e degradação florestal em julho de 2015 podem estar subestimados (Figura 10).

* A parte do Maranhão que integra a Amazônia Legal não foi analisada.

 

Figura 10. Área com nuvem e sombra em julho de 2015 na Amazônia Legal.

SAD-EE

Desde agosto de 2012 a detecção de alertas de desmatamento e degradação florestal do vem sendo realizada na plataforma Google Earth Engine (EE), com a nova versão SAD EE. Esse sistema foi desenvolvido em colaboração com a Google e utiliza o mesmo processo já utilizado pelo SAD 3.0 (Quadro I), com imagens de reflectância do MODIS para gerar os alertas de desmatamento e degradação florestal.

Quadro I: SAD 3.0

Desde agosto de 2009, o SAD apresentou algumas novidades. Primeiro, criamos uma interface gráfica para integrar todos os programas de processamento de imagem usados no SAD. Segundo, começamos a computar o desmatamento em áreas que estavam cobertas por nuvens nos meses anteriores em uma nova classe. Por último, o desmatamento e a degradação são detectados com pares de imagens NDFI em um algoritmo de detecção de mudanças. O método principal continua o mesmo do SAD 2.0 como descrito abaixo.

 

O SAD gera mosaico temporal de imagens MODIS diárias dos produtos MOD09GQ e MOD09GA para filtragem de nuvens. Em seguida, utilizamos uma técnica de fusão de bandas de resolução espectrais diferentes, ou seja, com pixels de diferentes tamanhos. Nesse caso, fizemos a mudança de escala das 5 bandas com pixel de 500 metros do MODIS para 250 metros. Isso permitiu aprimorar o modelo espectral de mistura de pixel, fornecendo a capacidade de estimar a abundância de Vegetação, Solos e Vegetação Fotossinteticamente Não-Ativa (NPV do inglês – Non-Photosynthetic componentes (Vegetação, Solo e Sombra) para calcular o NDFI, com a equação abaixo:

NDFI = (VGs – (NPV + Solo)

  (VGs +NPV+Solo)

Onde VGs é o componente de Vegetação normalizado para sombra dado por:

VGs = Vegetação/(1- Sombra)

O NDFI varia de -1 (pixel com 100% de solo exposto) a 1 (pixel com > 90% com vegetação florestal). Dessa forma, passamos a ter uma imagem contínua que mostra a transição de áreas desmatadas, passando por florestas degradadas, até chegar a florestas sem sinas de distúrbios.

A detecção do desmatamento e da degradação passou esse mês com a diferença de imagens NDFI de meses consecutivos. Dessa forma, uma redução dos valores de NDFI entre -200 e -50 indica áreas possivelmente desmatadas e entre -49 e -20 com sinais de degradação.

O SAD 3.0 Beta é compatível com as versões anteriores (SAD 1.0 e 2.0), porque o limiar de detecção de desmatamento foi calibrado para gerar o mesmo tipo de resposta obtida pelo método anterior.

O SAD já está operacional no Estado de Mato Grosso desde agosto de 2006 e na Amazônia Legal desde abril de 2008. Nesse boletim, apresentamos os dados mensais gerados pelo SAD de agosto de 2014 a julho de 2015.

 

This post was published on 28 de agosto de 2015

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imazon

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