De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon, apenas em agosto deste ano, a Amazônia perdeu 1.499 km² de área de floresta. O número é o mais alto dos últimos dez anos. Em comparação com o mês de agosto do ano passado, os satélites registraram um aumento de 68% na devastação. Ao todo, nos primeiros oito meses de 2020, foram desmatados 5.190 km² de mata nativa na Amazônia, 23% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O Pará lidera, pela quinta vez consecutiva, o ranking dos estados responsáveis pela maior parte da destruição na floresta. O total desmatado no mês de agosto em território paraense corresponde a 37% do que foi derrubado em toda a região. Amazonas ficou responsável por 19% da área desmatada, seguido por Acre, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Roraima.
A capital de Rondônia, Porto Velho, encabeçou a lista dos municípios que mais registraram desmatamento. Somente no último mês, foram destruídos 85 km² de floresta. Lábrea, no Amazonas, e Altamira, no Pará, também ocupam as primeiras colocações do ranking com 72 km² e 61 km², respectivamente.
Degradação – O sistema de monitoramento do Imazon também registrou a degradação de áreas florestas na Amazônia, que chegaram a 659 km² em agosto. Os números indicam uma redução de 29% em comparação com o ano passado. Alguns exemplos de degradação são os incêndios florestais, que registraram recorde exatamente em agosto do ano passado. Esses incêndios podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando. A extração seletiva de madeira para fins comerciais é outro exemplo de degradação. Mato Grosso e Pará lideram o ranking dos estados com maiores áreas degradadas.
Monitoramento da Amazônia – O Sistema de Alerta de Desmatamento, desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélite para monitorar a floresta. Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland. Todas essas plataformas são importantes para a proteção do nosso patrimônio ambiental, pois garantem a vigilância da floresta e a emissão de alertas dos locais onde há registro de desmatamento. Os dados fornecidos ajudam a subsidiar os órgãos de controle ambiental a planejar operações de fiscalização e identificar desmatadores ilegais.
Veja o Boletim do Desmatamento completo aqui.
Entenda mais sobre o SAD aqui.
This post was published on 15 de setembro de 2020
63% das empresas possuem controle sobre os fornecedores diretos, mas nenhum controle sobre fornecedores indiretos,…
Carlos Souza Jr. é reconhecido pela Elsevier e pela Universidade de Stanford entre pesquisadores com…
O Centro Pi (Centro de Projetos e Inovação IMPA) desenvolveu, em parceria com o Imazon (Instituto do…
O programa está previsto para durar 15 anos e irá contemplar os povos e organizações…
Área afetada pelo dano ambiental equivale a mais de 13 vezes a cidade de São…
Carrefour, Assaí e Cencosud Brasil também apresentam evidências de controle ambiental da cadeia de fornecedores,…