Segunda capital mais antiga da Amazônia, Belém chega aos 408 anos nesta sexta-feira, 12 de janeiro. E para celebrar o aniversário do município sede do Imazon, listamos 20 contribuições científicas do instituto para auxiliar no desenvolvimento socioambiental da cidade das mangueiras:
1993: Ajudamos a criar o Parque do Utinga, coordenando o Plano de Manejo da Unidade de Conservação.
2003: Publicamos o livro “Belém Sustentável”, que ofereceu soluções para o desenvolvimento socioambiental da cidade. Em 2007, uma nova edição foi publicada.
2008: Belém passou a ter o desmatamento, a degradação florestal e a extração de madeira monitorados pelo Imazon por meio de em imagens de satélite, com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) e o Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex).
2011: Apoiamos a criação do Programa Municípios Verdes em 104 das 144 cidades do Pará, incluindo Belém.
2012: Imazon começou a levar discussões sobre temas socioambientais para a Feira Pan-Amazônica do Livro de Belém, onde organizou debates ou teve pesquisadores participando de conversas anualmente até 2016. Em 2023, a pesquisadora Brenda Brito também participou do evento, na mesa chamada “Justiça Climática na Amazônia”.
2013: Participamos da elaboração do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que anualmente mostra as emissões desses gases no Brasil. Em 2022, 65% das emissões da capital paraense vieram do setor de energia.
2014: Desenvolvemos o Índice de Progresso Social (IPS) Amazônia, que classifiou os 772 municípios da região a partir de mais de 40 indicadores socioambientais. O índice foi publicado novamente em 2018, 2021 e 2023. Na edição mais recente, Belém foi destaque no acesso à educação superior, mas precisa melhorar em saúde e bem-estar.
2015: Participamos da criação da Rede MapBiomas, que mostra as mudanças no uso da terra no Brasil desde 1985, com atualizações anuais. Nos últimos 37 anos, a capital do Pará viu suas áreas urbanizadas duplicarem.
2018: Foi criada a campanha nacional de defesa das Unidades de Conservação chamada Um Dia No Parque, que conta com a articulação do Imazon no Pará. Desde então, são realizadas ações anuais em Belém, no Parque do Utinga. Em 2023, o local recebeu 4,8 mil visitantes no dia da campanha.
2019: Imazon publicou o livro “Preços de Produtos da Floresta: uma década de pesquisa e divulgação“, que reuniu dados de 10 anos de levantamento de custos dos principais produtos da sociobiodiversidade amazônica nas feiras da capital paraense, incluindo a receita e a inflação geradas por eles. O estudo aborda o açaí, o buriti, a castanha-do-Pará, o cupuaçu, o mel de abelha, a andiroba, a copaíba e a pupunha.
2021: Foi criado o MapBiomas Água sob coordenação técnica do Imazon, que monitora a superfície hídrica do país com dados desde 1985. Belém tem se mantido estável com cerca de 56 mil hectares.
2021: Estudo “Como a Bolívia dominou o mercado global de Castanha-do-Brasil?”, do projeto Amazônia 2030, que é integrado pelo Imazon, destacou a capital paraense como sede de três grandes processadores e exportadores do produto.
2021: Pesquisa “Amazônia: Territórios da Comida”, do mesmo projeto, entrevistou empreendedores da gastronomia de Belém e constatou que, apesar das dificuldades, a maioria possuía planos de expansão.
2022: Estudo do Amazônia 2030 “Acessibilidade na Amazônia Legal: Mensurando o Acesso ao Mercado” destaca que, embora o acesso aos mercados na região esteja abaixo do Brasil, a capital do Pará é uma exceção por possuir uma infraestrutura fluvial de qualidade.
2022: Publicação “Assentamentos Rurais da Amazônia: Diretrizes para a Sustentabilidade“, também do Amazônia 2030, destacou que os assentamentos de Belém ou próximos à capital tinham produções de alto valor pela proximidade ao mercado, mas que poderiam melhorar em produtividade com medidas como Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e crédito rural.
2022: Pesquisa do mesmo projeto, “A Dinâmica Demográfica da Amazônia Legal: Migrações na Amazônia Legal” mostrou que, além de atrair pessoas do Sul, Belém também se destaca por enviar e receber migrantes do Recife.
2022: Estudo “As cidades na Amazônia Legal: diagnóstico, desafios e oportunidades para urbanização sustentável“, do Amazônia 2030, destacou a capital paraense como uma das poucas metrópoles da região, com análises de seus aglomerados urbanos.
2023: Do mesmo projeto, a pesquisa “Cidades amazônicas: um chamado à ação” alertou sobre a importância de realizar a revisão do Plano Diretor de Belém, que foi criado em 2008.
2023: Também do Amazônia 2030, o estudo “Soft power, gastronomia e Amazônia” ressalta que a capital do Pará ganhou da Unesco o título de “Cidade Criativa da Gastronomia” e sugere o desenvolvimento do município por meio da culinária,
a partir da criação de uma “gastrodiplomacia” amazônica.
2023: Pesquisa “Fatos da Amazônia: Sociobioeconomia” traz informações demográficas, de habitação e de educação superior em Belém.
E neste 2024, seguiremos atuando por meio da pesquisa científica e de projetos práticos com objetivo de contribuir com o desenvolvimento socioambiental da nossa cidade sede. Parabéns, Belém!
This post was published on 11 de janeiro de 2024
Grupo formado por especialistas de 23 profissões diferentes recebeu formação do Programa Lideranças Amazônicas Sustentáveis…
Área degradada cresceu por causa das queimadas, principalmente em agosto e setembro A floresta amazônica…
Paulo Barreto* e Fernanda da Costa** As mudanças climáticas têm se tornado uma realidade desafiadora,…
Novembro teve alta de 41% nas áreas desmatadas e 84% nas degradadas A Amazônia teve…
Plataforma indica as áreas sob ameaça de derrubada para ajudar a mantê-las em pé Se…
Formação terá como professores pesquisadores que atuam há mais de 30 anos com o tema…