A Cúpula da Amazônia começará após a redução de 63% no desmatamento, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Imazon. Segundo o sistema de monitoramento por imagens de satélite do instituto de pesquisa, a derrubada da floresta passou de 6.528 km² nos primeiros sete meses do ano passado para 2.402 km² no mesmo período de 2023.
Esse é o menor acumulado para o período há seis anos, desde 2018. Porém, ainda é maior do que os registrados entre 2008, quando começou o monitoramento do instituto, e 2015. Nesse período, a devastação de janeiro a julho variou de 482 km² em 2012 a 1.950 km² em 2015.
Dados que mostram a importância da cooperação internacional para proteger a floresta amazônica e seus povos, motivo do encontro de governantes dos oito países que a possuem em seus territórios na Cúpula da Amazônia. O evento será realizado nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, no Pará. “Todos os países podem aumentar seu desenvolvimento a partir da floresta em pé e a Cúpula é uma oportunidade para que essas cooperações sejam implantadas. Além disso, os países amazônicos podem e devem se unir para cobrar do Norte Global, onde estão os maiores emissores de carbono e, consequentemente, os maiores responsáveis pelo aquecimento global, ações de mitigação, compensação e adaptação relacionadas às mudanças climáticas”, comenta Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.
Considerando o período chamado de “calendário de desmatamento de 2023”, que por causa do período de chuvas na Amazônia vai de agosto de 2022 a julho de 2023, a derrubada da floresta foi de 6.447 km². Área que é 40% menor do que a registrada no “calendário de desmatamento de 2022”, que compreende o período de agosto de 2021 a julho de 2022, de 10.781 km².
Apenas em julho de 2023, o monitoramento do Imazon detectou 499 km² de desmatamento na Amazônia, o que representou uma redução de 71% em relação a julho de 2022, quando a derrubada somou 1.739 km². Essa foi a quarta maior redução mensal registrada neste ano. As primeiras foram em maio (77%), junho (75%) e abril (72%).
Apesar de registrarem quedas no desmatamento entre janeiro e julho, Mato Grosso, Amazonas e Pará seguem como os estados campeões na derrubada da floresta. Juntos, eles devastaram 1.831 km², o que representa 76% do total registrado na Amazônia no período.
“O desmatamento nestes três estados avança em florestas públicas que ainda não possuem destinação e em áreas protegidas, sendo as áreas protegidas do estado do Pará as mais pressionadas pela devastação”, explica Amorim.
O único estado onde a destruição da floresta aumentou foi Roraima. No estado, o desmatamento passou de 75 km² nos primeiros sete meses de 2022 para 114 km² no mesmo período deste ano, uma alta de 52%. “Em Roraima, nosso sistema detectou o avanço do desmatamento principalmente em imóveis privados e assentamentos”, completa a pesquisadora.
Estado | Desmate janeiro a julho de 2022 (km²) | Desmate janeiro a julho de 2023 (km²) | Variação |
Mato Grosso | 1154 | 655 | -43% |
Amazonas | 1917 | 620 | -68% |
Pará | 1961 | 556 | -72% |
Rondônia | 824 | 225 | -73% |
Acre | 447 | 133 | -70% |
Roraima | 75 | 114 | 52% |
Maranhão | 141 | 90 | -36% |
Tocantins | 8 | 8 | 0% |
Amapá | 1 | 1 | 0% |
This post was published on 7 de agosto de 2023
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